Em um comunicado, o McDonald's defendeu seu mascote, seus cardápios e sua política de publicidade (Michael Cooper / Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2011 às 20h00.
Chicago - Centenas de médicos americanos participam de uma campanha para proibir a rede McDonald's de promover seus produtos entre as crianças, e forçar a gigante do fast-food a eliminar sua mascote, o palhaço Ronald McDonald.
A carta aberta, publicada nesta quarta-feira nos grandes jornais do país, coincide com uma reunião anual dos diretores do McDonald's em Chicago, que será realizada na quinta.
Um grupo de religiosas já havia proposto que o McDonald's publicasse na ocasião um documento avaliando sua resposta às "preocupações da opinião pública a respeito da relação entre fast food e obesidade infantil".
A carta dos médicos vai além e pede ao McDonald's que deixe de incluir brindes em seus "McLanches Felizes", refeições que contêm sanduíches hipercalóricos e ricos em sal, gordura e açúcar.
A carta faz parte de uma campanha conduzida pela organização sem fins lucrativos Corporação de Responsabilidade Internacional (Corporate Accountability International), conhecida por sua luta para que a marca de cigarros Camel deixe de usar seu mascote, o simpático camelo Joe.
O palhaço Ronald McDonald - que com seus enormes sapatos e cabelos vermelhos enfeita as entradas dos restaurantes da rede - tem sido usado por décadas como um simpático porta-voz corporativo.
Em um comunicado, o McDonald's defendeu seu mascote, seus cardápios e sua política de publicidade.
"Como o rosto da Ronald McDonald House Charities (braço encarregado das atividades de caridade do grupo), Ronald é um embaixador a serviço do bem, que dá mensagens importantes às crianças sobre segurança, alfabetização e um estilo de vida ativo e equilibrado", redigiu a empresa.
"Servimos alimentos de alta qualidade e nossos 'McLanches Felizes' propõem opções e variedade nas porções adaptadas às crianças", continuou.
A obesidade infantil triplicou nos últimos 30 anos nos Estados Unidos. Atualmente, uma criança em cada três tem excesso de peso ou é obesa no país.