Marcas são julgadas pelo que fazem e influência é desafiada na pandemia
Steve Levy, diretor de operações da Ipsos, antecipa o que faz as marcas estarem no ranking The Most Influential Brands
Marina Filippe
Publicado em 12 de abril de 2021 às 09h54.
Entre as muitas coisas que a pandemia mudou, está a comunicação das marcas . Aquelas que quiseram continuar influentes se viram obrigadas a mostrar para além dos produtos, o que fazem de bem para o mundo e para as pessoas. Quem se saiu melhor neste desafio é o que mostrará o tradicional ranking The Most Influential Brands, a ser divulgado pela empresa provedora de pesquisa Ipsos, na próxima quarta-feira, 14.
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"Em 2020, vimos várias marcas implementando programas que ajudaram as pessoas. Ao olharmos para o período em que estamos agora, é provável que as marcas sejam julgadas mais pelo que fizeram do que pelo que disseram. Isto é válido também para aquelas que preferiram não fazer muito na sua comunicação e marketing", diz Steve Levy, diretor de operações da Ipsos em entrevista à EXAME.
De acordo com o executivo, as marcas continuam a desempenhar um papel fundamental em nossas vidas e, assim, a influência delas cresce. "Da assistência à melhoria do nosso bem-estar, as marcas estão transformando as comunidades e sociedades em que vivemos. Algumas marcas usam sua influência econômica para resolver problemas sociais e melhorar o planeta. Alguns, é claro, têm um impacto maior do que outros. Essas marcas visionárias vão muito além da venda de um produto ou serviço. Eles são baseados em um senso de propósito que estabelece conexões emocionais mais fortes com as pessoas", afirma.
No estudo da Ipsos onze atributos são usados para criar uma pontuação de influência para cada marca, cobrindo, por exemplo, questões como "faz parte da linguagem cotidiana", "muda a maneira como você compra"," "faz sua vida mais interessante”, “é muito importantes no mundo de hoje" e "é relevante para a sua vida".
A partir das respostas, foi percebido que as empresas estão encontrando um mercado cada vez mais desafiador. "É menos provável que as pessoas se importem se uma marca está no topo. Cada produto, serviço e política está sendo avaliado na hora da compra, e marcas que continuam a fornecer algum tipo de assistência continuam a construir influência", afirma Levy.
O resultado do estudo pode ser acompanhado pelos inscritos no site.