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Marcas que se posicionam nas eleições dão tiro no pé

Nem sempre tomar partido é a melhor opção: o ideal é aproveitar a oportunidade para analisar o engajamento do público

 (Adam Davy - EMPICS/Getty Images)

(Adam Davy - EMPICS/Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 14 de outubro de 2018 às 07h54.

Situações em que há polarização de ideias entre grupos, inesperadas ou mais previsíveis como o período eleitoral, são delicadas para as marcas posicionarem-se com seus valores. Neste cenário, qualquer deslize nas campanhas pode ser um tiro no pé e manchar a imagem da empresa por muito tempo.

Nem sempre tomar partido é a melhor opção: o ideal é aproveitar a oportunidade para analisar o engajamento do público a fim de conhecê-lo ainda mais e utilizar os dados em estratégias para o futuro. Ainda, é oportuno apostar em ações que conscientizem e eduquem para ganhar pontos com a visibilidade positiva, segundo Gabriel Santacreu, sócio-fundador da Agência 242.

“Qualquer declaração no mundo virtual está submetida à má interpretação. Mesmo que a intenção não seja apoiar nenhuma causa, tudo depende de como os consumidores receberão a mensagem, principalmente nas redes sociais, que amplificam e dão margem para todas as vertentes”, afirma. Como exemplo, o publicitário cita os casos de influenciadores digitais, figuras muito empregadas em campanhas publicitárias atuais que se prejudicaram depois que posicionamentos do passado divulgados na internet vieram à tona.

Para ter um bom desempenho durante períodos acalorados como as eleições, é recomendado cultivar uma comunicação clara e transparente, que não defenda nenhum lado político, e apostar em campanhas de caráter educativo. “Grandes marcas acabam exercendo certo poder sobre quem as consome. Por isso, elas têm o papel de promover ações que incentivem a civilidade, o voto consciente e despertem as pessoas para a importância de se informar antes de eleger os governantes, o que transmite uma imagem responsável”, afirma Gabriel. O mesmo direcionamento é dado em ocasiões que a marca vislumbre a chance de agregar positivamente de alguma forma.

A dica para ter cautela é traçar uma estratégia para acompanhar os assuntos que estão sendo discutidos e estudar as reações do público. “Nesse momento as pessoas gostam de expor seus pensamentos, tendências ideológicas, gostos e vontades, e isso é muito valioso para as marcas, que podem descobrir mais sobre quem consome seus produtos e até encontrar novos nichos”, aconselha o especialista.

Com ferramentas que unem inteligência de dados com criação, a agência digital 242ajuda empresas a definir objetivos, quais respostas deseja alcançar e que tipo de informações devem ser monitoradas para chegar aos resultados.

*Este conteúdo foi publicado originalmente no AdNews.

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