Marketing

Já começou a corrida para anunciar no Apple Watch

O novo dispositivo da Apple ainda nem começou a ser vendido, mas os anunciantes já estão de olho nas possibilidades


	Apple Watch: começou a corrida para anunciar no dispositivo
 (David Paul Morris/Bloomberg)

Apple Watch: começou a corrida para anunciar no dispositivo (David Paul Morris/Bloomberg)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 13h32.

São Paulo - Apesar de apresentado, o Apple Watch - o relógio inteligente da Apple - ainda nem começou a ser vendido (as previsões são Março desse ano). Mas a corrida dos anunciantes pela publicidade no dispositivo já começou.

A Apple já lançou, por exemplo, o Apple Watch SDK, o kit de desenvolvimento de software para os interessados em criar apps que funcionem no relógio. Já é o primeiro passo para que desenvolvam, claro, anúncios nesses aplicativos.

Mas, dessa vez, a Apple estará aprovando mais de perto cada projeto desenvolvido, já que não será simplismente "transferir o app que já existe dos smartphones direto para o Apple Watch".

Aliás, o SDK do relógio ainda está no formato beta e deverá mudar muito.

Já há interessados nos EUA. Por exemplo, o InMarket, uma plataforma de publicidade mobile. Ao AdWeek, a empresa disse que pensava com a rede Marsh Supermarkets em criar anúncios voltados para o relógio.

Quando os clientes - que tivessem instalado o app - entrassem em alguma das lojas da rede, receberiam dicas de ofertas e sugestões de compra.

Limites

Para as marcas, a possibilidade de coletar dados dos usuários é animadora. É a big data.

Já que o consumidor andará com isso no pulso o dia inteiro e a natureza funcional do aparelho é justamente oferecer softwares que se encaixam no cotidiano e auxiliam no dia a dia, imagine as milhões de informações de hábito e comportamento que as marcas poderiam obter.

Com tais informações de Marketing, anunciar na pequena tela teria um alto preço e seria precioso para qualquer estratégia de qualquer empresa.

Mas a Apple pode cortar as asas desses marketeiros esperançosos. É provável que ela proíba aplicativos de coletarem dados dos usuários para transformar em anúncios.

Com o seu HealthKit Fitness, por exemplo, a empresa baniu apps que usavam os dados para criar peças.

Um possível interessado, o empresário Padden Guy Murphy - do serviço de compartilhamento de carros Getaround -, disse à Reuters uma ressalva importante sobre os anúncios:

"Se a pessoa sentir que o seu relógio inteligente está se transformando em uma caixa de spam, ela vai tirá-lo do pulso", ponderou.

Essa frase resume bem a cautela que a Apple precisa ter, assim como o bom senso necessário por parte das empresas. O relógio será um "ambiente mais frágil" aos anúncios.

Dúvidas

As empresas já podem estar animadas, mas a Apple ainda está longe de resolver o sue modelo de anúncios para o relógio.

Ela tem sua própria plataforma de anúncios, a iAd. Poderá optar, simplesmente, pelo seu próprio esquema. 

O iAd não é tão competitivo quanto as plataformas do Google e do Facebook, por exemplo. Mas se fechar poderia ser uma boa estratégia para deixar de lado os rivais em algo que poderá se tornar grande.

Projeções

Seja qual for o modelo adotado pela Apple para permitir anúncios, haverá clientes.

A Business Insider Intelligence projeta 15 milhões de unidades vendidas nos EUA este ano. Já em 2020, projeto 50 milhões de usuários do Apple Watch.

Acompanhe tudo sobre:Anúncios publicitáriosAppleApple WatchAppsEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaPublicidadeRelógios inteligentesTecnologia da informação

Mais de Marketing

TNT lança proposta de R$ 10 bilhões para assegurar transmissão da NBA

Vale investe em campanha para se aproximar do consumidor final; diretor explica estratégia

Estrelas pagam R$ 66 mil por curso de negócios na Harvard

Google decide manter cookies; entenda o que isso significa para os anunciantes

Mais na Exame