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Holandesas são expulsas de estádio por suposta publicidade em vestidos

De acordo com jornal sul-africano, seguranças rodearam as holandesas durante o segundo tempo da partida e as forçaram a sair do estádio

Torcedoras holandesas: vestidos seriam parte de uma campanha publicitária de uma empresa não patrocinadora da Copa do Mundo. (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2011 às 16h22.

Johanesburgo - Um grupo de 36 jovens holandesas que assistiram a partida entre Holanda e Dinamarca, na segunda-feira, foi expulso do estádio Soccer City pela Fifa, que considerou que seus vestidos eram parte de uma campanha publicitária de uma empresa não patrocinadora oficial do torneio, informou a imprensa local.

Segundo disse ao diário sul-africano "The Star" Barbara Kastein, uma das moças que vestia a sensual peça, durante o segundo tempo do jogo, cerca de 40 agentes de segurança as rodearam e as forçaram a sair do estádio.

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"Fomos empurradas, e nos obrigaram a subir as escadas", disse a jovem, que junto de suas companheiras ficou retida durante horas em dependências da Fifa. O vestido laranja, cor da seleção holandesa, fazia parte de um pacote promocional que uma marca de cerveja dava de brinde aos clientes que compram os produtos como parte de sua campanha de publicidade para a Copa.

Após serem expulsas das arquibancadas do Soccer City, elas foram levadas aos escritórios da Fifa, onde foram acusadas de "publicidade encoberta" e as interrogaram durante várias horas."A Polícia nos fazia as mesmas perguntas várias vezes, perguntamos se trabalhávamos para a cervejaria", explicou a jovem.

"Disseram que a publicidade encoberta era um delito na África do Sul, que iam nos deter e que teríamos que passar seis meses na prisão", contou Kastein. Segundo a moça, após terem sido retidas durante mais de três horas, a Polícia levou o grupo ao hotel onde estavam após fazerem cópias de seus passaportes e de assegurar que as denunciariam. "E tudo por usar um vestido laranja", lamentou.

Por sua parte, o porta-voz da cervejaria, Peer Swinkels, disse ao jornal sul-africano "The Star" que "o emblema da marca não está no vestido" e "as pessoas deveriam ter o direito de vestir o que quisessem".

A Fifa, que afirma que as mulheres eram sul-africanas e não holandesas, garantiu que não aconteceu nenhuma detenção, mas "um grupo de mulheres foi usado pela cervejaria holandesa como instrumento para realizar uma campanha de publicidade encoberta".

A empresa foi protagonista de uma campanha durante a Copa da Alemanha em 2006, ao distribuir calças com as quais a Fifa não permitia a entrada aos estádios, por isso vários torcedores tiveram que ver os jogos em roupa interior.

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