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Canal censura comercial sobre muro de Trump durante o Super Bowl

Canal Fox rejeitou parte do comercial da marca 84 Lumber que falava sobre o projeto do muro na fronteira entre México e Estados Unidos

Comercial da marca americana 84 Lumber: censura da Fox ao falar do muro na fronteira com o México (YouTube/84 Lumber/Reprodução)

Comercial da marca americana 84 Lumber: censura da Fox ao falar do muro na fronteira com o México (YouTube/84 Lumber/Reprodução)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 13h47.

São Paulo – Os comerciais do intervalo do Super Bowl, a final da NFL nos EUA, costumam atrair milhões de espectadores e muitos comentários pós-jogo.

Em 2017, com um ambiente político acalorado no começo do governo Trump, a organização do evento não poderia esperar campanhas apolíticas, neutras ou discretas.

E não foi diferente: discursos, críticas, reflexões, menções diretas ou indiretas a Donald Trump. Polêmicas como o banimento de imigrantes e o muro EUA-México eram o assunto do momento e as marcas sabiam que não dava para fugir.

Mas o comercial mais falado desse ano não foi de nenhuma marca global de grande nome como Coca-Cola, Ford ou Apple.

O comercial que mais chamou a atenção foi a da marca americana 84 Lumber, de materiais de construção. Era a primeira vez que a marca anunciava no intervalo do jogo.

O canal Fox rejeitou o comercial da marca e não deixou que ele fosse transmitido por inteiro. Em resumo, uma censura.

É que a campanha da 84 Lumber falava sobre o muro entre EUA e México prometido pelo governo Trump.

O vídeo mostra a saga de uma mãe e sua filha que tentam chegar aos EUA. Na fronteira, se deparam com o distópico muro.

Para a Fox, o assunto era "controverso demais" para a televisão.

No intervalo do Super Bowl, só o começo da campanha foi apresentado, antes do tal muro entrar em cena.

A marca, então, convidada os espectadores a verem a conclusão do filme em seu site. Resultado: o site caiu pelo excesso de visitantes.

Confira, a seguir, a versão cortada e depois a versão completa. A criação é da agência Brunner.

Versão censurada

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Versão completa

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