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Campanha compara o desaparecimento de crianças com quadros

Ação do MP-SP para o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos questiona: "se uma criança faz falta em um quadro, imagina em uma família?"

Desaparecidos: desde a criação do programa, em 2013, já passaram pelo cadastro 7.969 mil pessoas, mas apenas 76 foram encontradas (Emmanuel Dunand/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2016 às 21h47.

São Paulo - As Meninas Cahen d'Anvers - Rosa e Azul, de Renoir, é uma obra clássica do impressionismo. Mas a tela só faz sentido se estiver completa, não é mesmo?

"Se uma criança faz falta em um quadro, imagina em uma família?"

Este é o lema da mais recente campanha do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos ( PLID ).

O vídeo, que será veiculado nas redes sociais, com versões para televisão e cinema, chama atenção para a dor vivida por mães que lidam com o desaparecimento de seus filhos.

A saudade é o que nos mata aos pouquinhos. E a esperança é o que nos mantém vivas.

Os números não mentem. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo estão desaparecidas hoje no estado de São Paulo 9.552 mil pessoas.

A localização e identificação de desaparecidos precisa de políticas públicas eficientes que tentem, ao menos, minimizar o sofrimento dessas famílias .

Desde a criação do programa, em novembro de 2013, já passaram pelo cadastro 7.969 mil pessoas, mas apenas 76 foram encontradas, sendo 46 com vida e outras 30 já falecidas, de acordo com dados do próprio Ministério Público.

Para o procurador-geral de Justiça de SP, Márcio Fernando Elias Rosa, a situação é urgente.

"O problema é grave e pede urgência. O PLID foi criado com o objetivo de facilitar a busca de pessoas desaparecidas e de ser um articulador na construção de políticas públicas que precisam ser implantadas para que o sofrimento dessas famílias não seja eternizado."

O tema pode até ser esquecido pelo Estado, mas quem lida com a esperança e a falta de respostas diariamente jamais deixa de lembrar.

A promotora de Justiça Eliana Vendramini, coordenadora do PLID-SP, acredita que, ao dar voz e espaço para essas famílias, o governo pode vir a prestar mais atenção à questão.

"Há tanto por fazer, diante de temática tão séria, mas historicamente relegada pelo direito brasileiro, que acreditamos essencial pautá-la através das pessoas que vivem essa dor diária, cuja fala é maior do que qualquer adjetivação da dor."

Além da questão das pessoas desaparecidas, há ainda outra temática tão grave quanto: em investigação, o PLID teve acesso à informação de que milhares de pessoas são enterradas como "indigentes" pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO), mesmo portando RG, e, portanto, com condições de serem identificadas.

Buscando solucionar essa situação, o MP-SP criou um serviço de busca de familiares de pessoas desaparecidas, em colaboração com o IML e com o SVO.

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O vídeo, que será veiculado nas redes sociais, com versões para televisão e cinema, chama atenção para a dor vivida por mães que lidam com o desaparecimento de seus filhos.

A saudade é o que nos mata aos pouquinhos. E a esperança é o que nos mantém vivas.

Os números não mentem. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo estão desaparecidas hoje no estado de São Paulo 9.552 mil pessoas.

A localização e identificação de desaparecidos precisa de políticas públicas eficientes que tentem, ao menos, minimizar o sofrimento dessas famílias .

Desde a criação do programa, em novembro de 2013, já passaram pelo cadastro 7.969 mil pessoas, mas apenas 76 foram encontradas, sendo 46 com vida e outras 30 já falecidas, de acordo com dados do próprio Ministério Público.

Para o procurador-geral de Justiça de SP, Márcio Fernando Elias Rosa, a situação é urgente.

"O problema é grave e pede urgência. O PLID foi criado com o objetivo de facilitar a busca de pessoas desaparecidas e de ser um articulador na construção de políticas públicas que precisam ser implantadas para que o sofrimento dessas famílias não seja eternizado."

O tema pode até ser esquecido pelo Estado, mas quem lida com a esperança e a falta de respostas diariamente jamais deixa de lembrar.

A promotora de Justiça Eliana Vendramini, coordenadora do PLID-SP, acredita que, ao dar voz e espaço para essas famílias, o governo pode vir a prestar mais atenção à questão.

"Há tanto por fazer, diante de temática tão séria, mas historicamente relegada pelo direito brasileiro, que acreditamos essencial pautá-la através das pessoas que vivem essa dor diária, cuja fala é maior do que qualquer adjetivação da dor."

Além da questão das pessoas desaparecidas, há ainda outra temática tão grave quanto: em investigação, o PLID teve acesso à informação de que milhares de pessoas são enterradas como "indigentes" pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO), mesmo portando RG, e, portanto, com condições de serem identificadas.

Buscando solucionar essa situação, o MP-SP criou um serviço de busca de familiares de pessoas desaparecidas, em colaboração com o IML e com o SVO.

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