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Bud Light é acusada de contribuir com a "cultura do estupro"

Semelhante à campanha da Skol que causou polêmica no Carnaval, garrafa estampa a frase "A cerveja perfeita para tirar o ‘não’ do seu vocabulário nesta noite"


	Bud Light: segundo a agência, a BBDO Nova York, a ideia é associar o produto com o conceito de diversão espontânea
 (Reprodução)

Bud Light: segundo a agência, a BBDO Nova York, a ideia é associar o produto com o conceito de diversão espontânea (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2015 às 10h52.

É interessante perceber como as marcas, agências e publicitários mudam, mas alguns escorregões se repetem na propaganda. A cerveja Bud Light, nos Estados Unidos, fez algo bem parecido com a polêmica mensagem de Carnaval da campanha da Skol: "Deixe o não em casa".

As garrafas da marca americana estavam trazendo uma mensagem em seu rótulo que, segundo uma legião de críticos, pode contribuir com a "cultura do estupro".

O texto, na tradução livre, é: "A cerveja perfeita para você tirar o ‘não’ do seu vocabulário nesta noite". A frase está entre mais de 140 outras que foram impressas nas garrafas como parte da campanha "Up For Whatever".

Segundo a agência, a BBDO Nova York, a ideia é associar o produto com o conceito de diversão espontânea. Depois da enxurrada de críticas, a marca resolveu pedir desculpas pela gafe através de um comunicado assinado pelo VP da empresa, Alexander Lambrecht.

"A campanha ‘Up For Whatever’ recebeu alguns milhões de investimento da Bud Light pelo segundo ano, e tem inspirado jovens consumidores a se envolver com a nossa marca de maneira positiva. Neste espírito, criamos mais de 140 mensagens diferentes destinadas a incentivar a diversão espontânea. É claro que esta mensagem errou o alvo, e nós lamentamos. Nunca iremos perdoar qualquer comportamento desrespeitoso e irresponsável", afirmou o executivo.

O posicionamento é sempre importante, mas nesse caso não foi o suficiente para impedir que a história ganhasse os noticiários, inclusive uma nota no The New York Times. Resta agora para a marca avaliar o impacto negativo da campanha.

Já para a agência, vale repensar os processos de criação de conteúdo.

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