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Black Friday pode ser "tiro no pé" para pequenas empresas

Data pode manchar reputação de vendedores que não conseguirem cumprir prazos e oferecer bons descontos

Black Friday: varejo estima vendas de 3 bilhões de reais na Black Friday 2019 (Sean Gallup/Getty Images)
PM

Pedro Marques

Publicado em 25 de novembro de 2019 às 15h35.

São Paulo – Mais da metade das micro e pequenas empresas brasileiras (56%) não vão oferecer descontos na próxima Black Friday (29), que já se firmou como uma das principais datas do comércio nacional. É o que revela pesquisa com 10 mil respondentes feita pela VHSYS, fornecedora de sistema de gestão empresarial online para micro, pequenas e médias empresas. Os participantes foram selecionados entre a base de dado da VHSYS.

A decisão, porém, pode ser positiva para companhias de menor porte. "Para micro e pequenas empresas que nunca tiveram tanta exposição, como acontece na Black Friday, pode ser um tiro no pé se elas não estiverem muito bem preparadas", afirma Reginaldo Stocco, CEO da VHSYS. "Esse empresário está expondo a marca dele, e pode queimar sua imagem se não conseguir entregar os produtos no prazo", acrescenta.

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O ideal, diz Stocco, é que a participação na Black Friday comece a ser planejada no começo do ano. "Fazer estoque de produtos e alguma parceria de logística são medidas importantes. Também é um bom momento para desafogar produtos encalhados", avalia. Outra sugestão do CEO é a atuação dentro de marketplaces de empresas maiores, que ajudam a divulgar a empresa e podem auxiliar os associados com logística.

Segundo o estudo, os segmentos que menos demonstraram interesse pela Black Friday neste ano são os de serviços de TI (12%), construção civil (10%) e fabricação de roupas e móveis (6%). Entre as empresas que participarão do evento (44%), os segmentos em destaque são os de comércio varejista geral (28,9%), comércio atacadista (13,3%) e alimentos e bebidas (6,7%).

A estimativa é que a ação deste ano bata novo recorde de vendas, com crescimento de 21% em relação a 2018 e faturamento acima de R$ 3,1 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop). Eletroeletrônicos, vestuário, perfumaria e cosméticos estão entre os produtos mais procurados.

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