Bia Haddad Maia posa com joias da Tiffany (Divulgação/Tiffany)
Redação Exame
Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 10h00.
Última atualização em 21 de dezembro de 2023 às 10h09.
A tenista paulistana Beatriz Haddad Maia se tornou a primeira atleta brasileira a firmar acordo de patrocínio com a Tiffany, marca de luxo norte-americana do segmento de joias. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 21.
"A marca tem o orgulho de dar as boas-vindas à renomada profissional reconhecida por sua excepcional dedicação ao tênis e ao universo esportivo", informa o comunicado. Aos 27 anos, Haddad alcançou este ano o maior título da carreira ao ser campeã no WTA Finals Elite, na China, derrotando a chinesa Qinwen Zheng, que é a 18ª do mundo.
Com a nova parceria, a atleta utilizará joias da Tiffany ao longo de 2024, nos principais torneios de tênis, especialmente, nos quatro Grand Slams e nos Jogos Olímpicos de Paris, tornando-se uma “Friend of the House” (“Amiga da Casa”, na tradução), como de praxe nos contratos da marca. Ela, inclusive, já posou para fotos usando peças das coleções HardWear, Lock, T1 e Edge.
“Estou muito feliz e honrada em ser uma Friend of the House da Tiffany e a primeira atleta no Brasil a representar a marca. Estaremos juntos, caminhando lado a lado no esporte e na moda neste ano de 2024”, disse a jogadora em comunicado.
Na última semana, a atual número 11 do ranking da WTA também renovou patrocínio com a seguradora Prudential do Brasil, com o novo contrato sendo válido até dezembro de 2025.
No esporte, além do patrocínio com Haddad, a Tiffany é responsável pela criação de diversos troféus, desde 1987, por intermédio dos artesãos conhecidos como “Makers”. Anualmente, a marca produz mais de 65 peças para diferentes tipos de torneios e modalidades, como NBA, NFL e Fórmula 1. No cenário do tênis, a empresa fabrica cinco troféus distintos para o US Open.
Depois de muito tempo, o tênis brasileiro ganha um profissional de carisma. Melhor ainda: trata-se de uma mulher. Haddad quebrou recordes com exibições históricas nas últimas edições de Roland Garros e Wimblebon e agradou o público com seu jeito simático e transparente.
Em Roland Garros, caiu na semifinal para a tricampeã do torneio, Iga Swiatek. Pela primeira vez na história da era aberta do tênis uma brasileira entrou no top 10 do ranking da WTA. Gustavo Kuerten, por sinal, havia sido o último brasileiro a aparecer entre os top 10, isso há 21 anos, em 2002.
Bia já arrecadou 22 milhões de reais em premiações. Desse total, 40% foram acumulados neste ano. A grande pergunta que fica é se ela vai conseguir ocupar o lugar de Guga, nas primeiras posições do ranking e como ícone do tênis nacional.
“Apesar de estourar um pouco tardiamente entre as principais atletas mundiais, Bia vem conquistando muitos fãs com seu jeito carismático, humilde, simples e discreto de ser”, afirma Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo. “Para o bem do tênis, torço para que o fenômeno tenha um efeito positivo para o mercado, ou seja, que os responsáveis saibam aproveitar melhor esse momento do que foi realizado na época do Guga.”