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AT&T se diz contra lei antigay da Rússia antes de Sochi

A segunda maior operadora de telefonia celular dos EUA apoiará protesto contra a proibição da “propaganda” homossexual na Rússia

Loja da AT&T: ativistas dos direitos dos gays e atletas vêm pressionando os patrocinadores, incluindo a Coca-Cola, a McDonald’s e a Procter Gamble, para que protestem contra a lei (Craig Warga/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 07h19.

A AT&T Inc. tomou posição contra a lei antigay da Rússia, unindo-se aos atletas e ativistas que a condenaram, um pouco antes do começo dos Jogos Olímpicos em Sochi.

A segunda maior operadora de telefonia celular dos EUA apoiará o pedido da Human Rights Campaign aos patrocinadores do Comitê Olímpico Internacional para protestar contra a proibição da “propaganda” homossexual na Rússia, disse a AT&T ontem em uma postagem de blog. A empresa com sede em Dallas não é patrocinadora dos Jogos.

“Agora que os jogos começam, nós estamos aqui para apoiar e inspirar os atletas americanos que trabalharam duro e se sacrificaram muito para alcançar seus sonhos”, disse a AT&T. “Nós também queremos deixar registrado o nosso apoio à comunidade LGBT e esperamos que os outros participantes envolvidos nos Jogos Olímpicos façam o mesmo”.

Ativistas dos direitos dos gays e atletas vêm pressionando os patrocinadores, incluindo a Coca-Cola Co., a McDonald’s Corp. e a Procter Gamble, para que protestem contra a lei.

Coca-Cola, Atos, Dow Chemical Co., General Electric Co., Panasonic Corp. e Samsung Electronics Co. disseram que trataram a questão com o COI e que esperam que todos os atletas e espectadores sejam bem-vindos independentemente de sua orientação sexual.

Coca-Cola, a maior empresa de bebidas do mundo, disse que não vai retirar seu patrocínio para evitar prejudicar os atletas gays que passaram anos se preparando para a competição. A empresa, junto com a McDonald’s e a Procter Gamble, foi alvo de protestos nos EUA por patrocinar os jogos.

Carta Olímpica

Em outubro, o All Out, um grupo de defesa dos direitos dos gays com sede em Nova York e 1,9 milhão de membros em todo o mundo, alugou caminhões para rodear a sede da Coca-Cola em Atlanta com cartazes que instavam a fabricante de bebidas a pedir que a Rússia revogasse a lei assinada em junho pelo presidente russo, Vladimir Putin.


Hudson Taylor, fundador e diretor-executivo da Athlete Ally, com sede em Nova York, disse em novembro que a companhia estava negociando com a atleta australiana de snowboarding Belle Brockhoff, com o esquiador alpino canadense Mike Janyk e com outros dois atletas para que eles usassem logos com referência à Carta Olímpica, que no seu sexto princípio proíbe toda forma de discriminação.

Chamando a atenção para a declaração de princípios do próprio COI, os atletas poderão mostrar sua posição em relação à lei sem violar a legislação ou a proibição de ações políticas nos Jogos, diz Taylor.

Em agosto, o Ministro dos Esportes da Rússia, Vitaliy Mutko, disse que os atletas e espectadores que participarem do evento entre 7 e 23 de fevereiro de 2014 enfrentariam prisão, multas e deportação se violassem a lei que, de acordo com os funcionários, tem o objetivo de proteger as crianças.

A pena máxima para os estrangeiros é de 15 dias de prisão. Alguns dias depois, Putin disse que ele vai proibir toda discriminação baseada em raça, sexo ou sexualidade nos Jogos.


Os ativistas dos direitos civis em campanha na Rússia dizem que a lei é tão vaga que poderia ser aplicada a qualquer exposição aberta de homossexualidade e que ela incentiva a violência contra os gays.

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A AT&T Inc. tomou posição contra a lei antigay da Rússia, unindo-se aos atletas e ativistas que a condenaram, um pouco antes do começo dos Jogos Olímpicos em Sochi.

A segunda maior operadora de telefonia celular dos EUA apoiará o pedido da Human Rights Campaign aos patrocinadores do Comitê Olímpico Internacional para protestar contra a proibição da “propaganda” homossexual na Rússia, disse a AT&T ontem em uma postagem de blog. A empresa com sede em Dallas não é patrocinadora dos Jogos.

“Agora que os jogos começam, nós estamos aqui para apoiar e inspirar os atletas americanos que trabalharam duro e se sacrificaram muito para alcançar seus sonhos”, disse a AT&T. “Nós também queremos deixar registrado o nosso apoio à comunidade LGBT e esperamos que os outros participantes envolvidos nos Jogos Olímpicos façam o mesmo”.

Ativistas dos direitos dos gays e atletas vêm pressionando os patrocinadores, incluindo a Coca-Cola Co., a McDonald’s Corp. e a Procter Gamble, para que protestem contra a lei.

Coca-Cola, Atos, Dow Chemical Co., General Electric Co., Panasonic Corp. e Samsung Electronics Co. disseram que trataram a questão com o COI e que esperam que todos os atletas e espectadores sejam bem-vindos independentemente de sua orientação sexual.

Coca-Cola, a maior empresa de bebidas do mundo, disse que não vai retirar seu patrocínio para evitar prejudicar os atletas gays que passaram anos se preparando para a competição. A empresa, junto com a McDonald’s e a Procter Gamble, foi alvo de protestos nos EUA por patrocinar os jogos.

Carta Olímpica

Em outubro, o All Out, um grupo de defesa dos direitos dos gays com sede em Nova York e 1,9 milhão de membros em todo o mundo, alugou caminhões para rodear a sede da Coca-Cola em Atlanta com cartazes que instavam a fabricante de bebidas a pedir que a Rússia revogasse a lei assinada em junho pelo presidente russo, Vladimir Putin.


Hudson Taylor, fundador e diretor-executivo da Athlete Ally, com sede em Nova York, disse em novembro que a companhia estava negociando com a atleta australiana de snowboarding Belle Brockhoff, com o esquiador alpino canadense Mike Janyk e com outros dois atletas para que eles usassem logos com referência à Carta Olímpica, que no seu sexto princípio proíbe toda forma de discriminação.

Chamando a atenção para a declaração de princípios do próprio COI, os atletas poderão mostrar sua posição em relação à lei sem violar a legislação ou a proibição de ações políticas nos Jogos, diz Taylor.

Em agosto, o Ministro dos Esportes da Rússia, Vitaliy Mutko, disse que os atletas e espectadores que participarem do evento entre 7 e 23 de fevereiro de 2014 enfrentariam prisão, multas e deportação se violassem a lei que, de acordo com os funcionários, tem o objetivo de proteger as crianças.

A pena máxima para os estrangeiros é de 15 dias de prisão. Alguns dias depois, Putin disse que ele vai proibir toda discriminação baseada em raça, sexo ou sexualidade nos Jogos.


Os ativistas dos direitos civis em campanha na Rússia dizem que a lei é tão vaga que poderia ser aplicada a qualquer exposição aberta de homossexualidade e que ela incentiva a violência contra os gays.

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