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A nova cara da Fórmula 1

A temporada 2017 de Fórmula 1, que começa neste domingo, será eletrizante como há tempos não se vê. Ao menos esse é o plano do grupo americano de entretenimento Liberty Media, que pagou 8 bilhões de dólares em janeiro para dar as cartas na Fórmula 1 e espera aumentar a emoção das corridas para aumentar […]

GP DE INTERLAGOS EM 2016: competição perdeu 200 milhões de espectadores desde 2008 / Ivan Pacheco/ Veja.com (Ivan Pacheco/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2017 às 06h44.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h01.

A temporada 2017 de Fórmula 1, que começa neste domingo, será eletrizante como há tempos não se vê. Ao menos esse é o plano do grupo americano de entretenimento Liberty Media, que pagou 8 bilhões de dólares em janeiro para dar as cartas na Fórmula 1 e espera aumentar a emoção das corridas para aumentar também o faturamento.

As principais mudanças estão na estrutura dos carros. A começar pelos pneus que, agora 25% maiores e mais aerodinâmicos, permitem mais aderência à pista, aumento de velocidade e dão ganho aos pilotos que exigem mais das máquinas. Os carros também estão maiores, tornando as ultrapassagens mais difíceis e as corridas mais acirradas.

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A Liberty estuda também nivelar o nível entre as diversas escuderias, para evitar que uma única se saia muito melhor do que as outras e mate a competitividade — nos últimos três anos, a alemã Mercedes venceu 51 dos 59 GP, o que levou à Fórmula 1 a ser vista como uma competição onde quem ganham as corridas são engenheiros, não pilotos. Essa impressão se reverteu na audiência das corridas. Dos 600 milhões de espectadores em 2008, a F1 perdeu 200 milhões até o ano passado. Um problemão para um espetáculo em que 30% do faturamento, cerca de 630 milhões de dólares, vem das vendas do direito de transmissão. A queda também se refletiu nos patrocínios, que encolheram cerca de 25% em 4 anos.

A Liberty também tem outras cartas na manga para fazer a F1 brilhar de novo. Sob a direção de John Malone, a companhia pretende transformar os GP em grandes eventos de entretenimento não somente limitados às duas horas da corrida, a exemplo do Superbowl, a final do campeonato de futebol americano da NFL, que agrega shows e leva multidões às cidades em que é realizado. Investir em novas mídias, com transmissões digitais e, eventualmente, em realidade aumentada também estão nos planos, principalmente para atrair a audiência dos mais jovens — uma geração menos ligada à TV e mais conectada à internet.

A competição também volta a ter 10 escuderias, com 20 pilotos, sendo dois novatos, e 20 corridas, após a Alemanha não adquirir um GP. O atual campeão, Nico Rosberg, também não estará nos grids, depois de ter deixado as pistas após a conquista do título. Até 26 de novembro, no GP de Abu Dhabi, saberemos se as mudanças trouxeram de volta a glória da categoria mais nobre do automobilismo.

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