Marketing

A Busca Social na visão dos publicitários

Novo recurso torna a rede social ainda mais atrativa para marcas e empresas de todos os segmentos


	Mark Zuckerberg apresenta a Busca Social ("Graph Search", em inglês)
 (REUTERS/Robert Galbraith)

Mark Zuckerberg apresenta a Busca Social ("Graph Search", em inglês) (REUTERS/Robert Galbraith)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 16h43.

São Paulo - Nesta semana o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou a ferramenta de pesquisa para a maior rede social do mundo. No Brasil, ela foi intitulada de "Busca Social", e irá fornecer resultados baseados em buscas inteligentes.

Por um lado, pode ser uma maneira de Zuckerberg rivalizar com o Google, líder em buscas na Internet, que vem melhorando sua rede social oficial, o Google+. Por outro, o novo recurso torna a rede social ainda mais atrativa para marcas e empresas de todos os segmentos.

A questão interessante é que o Facebook pode se tornar uma boa plataforma para elaborar estudos de mercado e estratégias de marketing para produtos e serviços. Tudo isso através de uma base de dados que é atualizado pelo próprio usuário, que é o público-alvo das marcas.

Apesar de nenhum detalhe sobre a comercialização do produto ter sido divulgado, Zuckerberg mencionou em sua apresentação que possui interesse em utilizá-lo como fonte de receita no futuro. O Adnews pesquisou alguns profissionais do mercado para saber quais são os insights que podem ser gerados a partir da novidade, que ainda está em versão beta.

Pedro Ivo, diretor executivo da RIOT:

“A funcionalidade de busca do Facebook sempre foi um ponto frágil da plataforma. Tratava-se de um engine defasado (que mal arranhava o universo de dados que existe dentro do site), com experiência de uso ruim e monetização restrita a um formato baseado em palavras-chaves/correspondência exata de texto (Resultados Patrocinados). Através do Graph Search, contudo, o Facebook não só consegue corrigir uma antiga deficiência na rede, como também abre portas para compra de mídia por intenção — algo que o Google domina há anos.”


“Em termos básicos, quase todo tipo de informação se tornará "cruzável", desde que pública ou aberta para o perfil em foco. Mais do que isso, o novo recurso terá suporte ainda a buscas semânticas, possibilitando pesquisas avançadas. Isso significa que uma busca por "casas noturnas em São Paulo" poderá retornar opções pagas, contratadas por empresas que desejam aparecer acima dos resultados orgânicos. Em resumo, contexto social (preferências e dados de amigos) e intenção de compra (pesquisas espontâneas sobre coisas de interesse) formam uma poderosa combinação, principalmente para um player como o Facebook, que detém um banco de dados com mais de 1 trilhão de conexões.”

Viktor Busch, diretor de Criação Digital da DPZ:

"O Facebook Graph Search, como toda novidade, precisa do seu tempo de validação (será que vai funcionar e-xa-ta-men-te assim?). A promessa é boa: ordenar e cruzar não apenas informações 'técnicas', mas também os dados 'emocionais' das pessoas (um trabalho que espontaneamente está sendo alimentado dentro do Facebook há mais de 8 anos) é fantástico. Principalmente se o cuidado dado pelas marcas for construir relevância (e não interrupção) com tudo isso."

Henrique Russowsky, sócio da agência digital Jüssi:

“Antes de pensar nas marcas e na publicidade, é preciso pensar nas funcionalidades da Busca Social e na experiência que ela vai gerar para os usuários. Apenas depois desta primeira percepção é que virão os primeiros insights e investimentos. A vantagem da busca criado pela Facebook é que ela vai propor um mecanismo baseado em recomendações sociais. Para as marcas, certamente será muito rentável ter dados personalizados de consumo. Na prática, este primeiro período será de observação, somente depois é que vamos começar a trabalhar as ações estratégicas especificas de acordo com as oportunidades e recursos que a ferramenta oferece.”

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