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Sucessão, ações da Apple e investimento secreto: as perguntas que Buffett responderá no sábado

Investidores de todo mundo estão esperando Warren Buffett, a lenda do mercado, falar na conferência anual de acionistas da Berkshire Hathaway

Buffett: deve responder cerca de 60 perguntas na Conferência Anual da Berkshire Hathaway (by Monica Schipper/WireImage)/Getty Images)

Buffett: deve responder cerca de 60 perguntas na Conferência Anual da Berkshire Hathaway (by Monica Schipper/WireImage)/Getty Images)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 3 de maio de 2024 às 17h26.

Última atualização em 3 de maio de 2024 às 19h13.

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Investidores de todo mundo estão esperando Warren Buffett, a lenda do mercado, falar na conferência anual de acionistas da Berkshire Hathaway no sábado, 4, às 11h15 (horário de Brasília). Será a primeira reunião após a morte de Charlie Munger, parceiro de longa data de Buffett. É esperado que haja tributo em homenagem a Munger, que faleceu em novembro do ano passado, aos 99 anos.

No início da conferência, a Berkshire Hathaway apresentará o resultado financeiro do primeiro trimestre. A expectativa é que seja de crescimento de lucro. No mesmo período do ano passado, a companhia teve lucro de US$ 8 bilhões.

Buffett subirá ao palco pela manhã e deve responder entre 40 e 60 perguntas dos acionistas. Ao lado dele estará Ajit Jain, vice-presidente de operações de seguros e Greg Abel, vice-presidente de operações não relacionadas a seguros. Abel é apontado como sucessor do megainvestidor.

Sucessão

Uma das questões que devem ser respondidas é justamente sobre a sucessão de Buffett. O assunto ganha ainda mais força após a morte de Munger. Abel tem supervisionado grande parte do império da Berkshire, incluindo energia, ferrovias e varejo.

Apesar de Abel já ter assumido a maior parte das responsabilidades, alguns questionamentos ainda permanecem sobre quem irá ajudar a alocar capital na Berkshire, além do futuro dos gestores de investimentos de Buffett, Ted Weschler e Todd Combs, que também é o CEO da Geico, empresa de seguros automotivos da holding.

Ação misteriosa

Os investidores aguardam ainda se Buffett irá revelar a aposta secreta que a companhia tem feito no setor financeiro desde o terceiro trimestre do ano passado. A Berkshire solicitou que a Securities and Exchange Commission (SEC) mantivesse confidenciais os detalhes de uma ou mais de suas participações acionárias.

Muitos especularam que a compra secreta poderia ser uma ação bancária, uma vez que a base de custo do conglomerado para participações acionárias em “bancos, seguros e finanças” aumentou cerca de US$ 2,37 milhões de dólares. Buffett tem olhado com cautela para o setor financeiro americano devido à alta de juros no país e o aumento da inadimplência. Ao mesmo, ele enxerga oportunidades atrativas.

A reunião ocorre na semana após a decisão do Federal Reserve (Fed) em manter a taxa de juro americana no maior patamar da história. Embora, Buffett afirme que não toma decisões de investimento baseadas em manchetes diárias, investidores estão ansiosos para saber qual será a opinião do Oráculo de Omaha.

Apple

Outro assunto que deve ser abordado é o investimento da holding na Apple. Os acionistas buscam respostas do porquê a Berkshire vendeu cerca de 10 milhões de ações da Apple (1% da sua enorme participação) no quarto trimestre. No final de 2023, a Berkshire detinha 905.560.000 ações da fabricante do iPhone, avaliadas em mais de US$ 174 mil milhões e detendo mais de 40% da carteira.

A mudança foi uma surpresa para muitos, porque a Apple tem sido a ação favorita de Buffett durante anos. Ele até chamou o gigante da tecnologia de seu segundo negócio mais importante, depois do grupo de seguradoras da Berkshire. Além do mais, da última vez que Buffett reduziu esta aposta, admitiu que “provavelmente foi um erro”.

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