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Selic atinge maior patamar em 5 anos: qual o impacto nos investimentos?

Taxa básica de juros é usada como referencial para o rendimento de boa parte dos ativos de renda fixa; entenda como isso influencia os seus investimentos na prática

(Edson Souza/iStockphoto)
Isabel Rocha

Jornalista

Publicado em 4 de maio de 2022 às 21h30.

Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h18.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou, nesta quarta-feira, 4 de maio, a taxa básica de juro em um ponto percentual. Com isso, a Selic chega a 12,75% ao ano, seu maior patamar em cinco anos. Este é o décimo aumento consecutivo anunciado pelo Copom desde o início do atual ciclo altista da Selic, que começou em março de 2021. Na época, a taxa mantinha a mínima histórica de 2% ao ano.

Segundo a última edição do boletim Focus, divulgada nesta segunda-feira, a decisão já era precificada pelo mercado – que, de olho na escalada persistente da inflação – agora projeta a Selic em 13,25% ao final de 2022.

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Diante desse cenário, é comum que o interesse por investimentos de renda fixa também continue crescendo, já que o movimento de alta dos juros influencia diretamente a rentabilidade desses papéis. Em outras palavras: essa é uma boa oportunidade para investidores que buscam rentabilidades atrativas, mas que não querem se arriscar no mercado de renda variável – cuja volatilidade característica tende a ficar ainda mais acentuada nos próximos meses em decorrência das eleições.

“O cenário de Selic em alta é basicamente o melhor dos mundos, porque o investidor mantém a estabilidade do portfólio, visto que os princípios dos ativos de renda fixa se mantêm, mas com uma lucratividade mais atrativa. A vantagem é justamente uma maior rentabilidade, garantindo a segurança do portfólio”, afirmou, Frederico Khouri, analista do BTG Pactual, em entrevista publicada no Guia da Renda Fixa: rentabilidade em tempos de incerteza , ebook gratuito construído pela EXAME Invest em parceria com o BTG Pactual.

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Com ajuda do material, listamos abaixo algumas informações importantes sobre a taxa básica de juros brasileira e como a sua elevação pode influenciar no rendimento dos seus investimentos. Confira.

O que é a Selic e por que ela continua subindo?

A Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa básica de juro da economia brasileira e o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Isso porque, com o aumento dos juros e encarecimento do crédito, a tendência é de que o consumo desacelere e, consequentemente, os preços comecem a baixar.

Vale lembrar que, na edição mais recente do boletim Focus, o mercado voltou a projetar a inflação para cima, com o indicador batendo 7,89% até o final do ano.  O número representa mais que o dobro da meta oficial da inflação para o ano –  o que ajuda a explicar a decisão anunciada nesta quarta-feira.

Além disso, a Selic também é utilizada pelo Banco Central para controlar a emissão, a compra e a venda de títulos públicos e influencia, portanto, todas as taxas de juros do país – como dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.

Como o aumento da Selic influencia os investimentos na prática?

Além de influenciar os juros cobrados em empréstimos e financiamentos, a variação da Selic também impacta diretamente na rentabilidade de aplicações financeiras atreladas a ela (caso dos títulos do Tesouro, por exemplo) ou que usam o Certificado de Depósitos Interbancários (CDI) como referência – caso de boa parte dos ativos de renda fixa, como CDBs e fundos dessa categoria.

É que, como o CDI costuma acompanhar de perto a própria taxa Selic, quando ela sobe, o índice segue a mesma trajetória, fazendo com que a rentabilidade dos investimentos em renda fixa que são atrelados a ele apresentem melhores resultados.

Por outro lado, quando a taxa de juros entra em ciclo de queda, o retorno dos investimentos em renda fixa também é reduzido – o que aumenta a atratividade dos papeis de renda variável.

Mas isso não significa que, quando a Selic está em baixa, os investimentos de renda fixa devam ser ignorados. “Ninguém deve prezar apenas por ativos de alto risco e maior volatilidade na carteira, mesmo em cenários de Selic baixa, porque se houver alguma instabilidade na situação macroeconômica global, são esses ativos que vão manter o equilíbrio”, explica Khouri no Guia da Renda Fixa.

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