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Mercado nacional não ajuda, mas WEG mantém margens resilientes no 2º tri

Para analistas do BTG Pactual, Itaú BBA, JP Morgan e Santander, números foram melhores do que o esperado

Legenda: WEG teve forte desempenho nas exportações (Leandro Fonseca/Site Exame)

Legenda: WEG teve forte desempenho nas exportações (Leandro Fonseca/Site Exame)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 19 de julho de 2023 às 12h03.

Os números da WEG no segundo trimestre foram positivos mesmo num momento mais complexo. No segundo trimestre, o lucro líquido somou R$ 1,3 bilhão, aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, e a receita avançou 14%, para R$ 8,2 bilhões. "Os resultados do segundo trimestre foram melhores do que o esperado", escreve a equipe do JP Morgan

O BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) observa que o resultado foi especialmente puxado pelas operações externas, dado que o mercado nacional "mal moveu a agulha", com o faturamento crescendo pouco nessa operação (3% na base anual versus 25% de alta na exportação). "Como esperado, o crescimento da WEG desacelerou em relação aos últimos trimestres, mas ainda foi capaz de sustentar um crescimento de dois dígitos com margens e retornos mais fortes, novamente mostrando seu desempenho operacional superior", diz o relatório do banco, mantendo recomendação de compra e preço-alvo de R$ 50. Hoje, a ação da WEG é negociada a R$ 36,17. 

Para os analistas do Itaú BBA, a rentabilidade da WEG no segundo trimestre foi uma supresa positiva, com o lucro líquido ficando 8% acima das projeções da equipe. No entanto, eles observam que o crescimento de 14% da receita foi modesto, em comparação com a taxa de crescimento anual composta de 31% da empresa de 2019 a 2022. "A moderação do crescimento, aliada à rotação de investidores para ações de maior beta, ajuda a explicar o desempenho inferior das ações desde nossa revisão em maio (WEGE3 caiu 10% em comparação com o IBOV +16%)", escrevem. Assim, o BBA optou por manter a recomendação neutra do papel, com preço-alvo de R$ 44, afirmando faltarem gatilhos no curto prazo para o investimento.

Também neutros para a ação, com preço-alvo de R$ 43, os analistas do Santander afirmam que as margens Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da WEG surpreenderam positivamente. "Atribuímos esse ganho  ao aumento de aproximadamente 60 pontos-base da margem bruta no trimestre, ajudado pela acomodação dos preços do cobre e do aço (componentes-chave da estrutura de custos da empresa), combinado com um melhor mix de produtos (menor participação na receita de geração solar) e ganhos contínuos de eficiência", apontam os profissionais. 

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