A diversificação do portfólio continua sendo uma ferramenta fundamental para mitigar riscos e garantir a estabilidade dos investimentos ao longo do tempo.
EXAME Solutions
Publicado em 2 de setembro de 2024 às 14h00.
As eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro de 2024, não apenas definirão o futuro político do país, mas também terão impactos significativos nos mercados financeiros globais, incluindo os investimentos realizados por brasileiros tanto no Brasil quanto no exterior.
Essa conexão entre política e economia mundial faz com que o período eleitoral nos Estados Unidos seja um momento de atenção redobrada para os investidores.
De acordo com Danilo Igliori, economista-chefe da fintech Nomad, para entender o impacto das eleições, é essencial dividir o período em dois momentos distintos.
O primeiro é o próprio período eleitoral, quando ainda não há clareza sobre quem será o vencedor. Durante essa fase, a incerteza sobre as propostas dos candidatos e suas possíveis implicações econômicas tende a gerar maior volatilidade nos mercados.
"Neste ano, a campanha eleitoral coincidirá com o início de um ciclo de queda de juros nos Estados Unidos, após um longo período de estabilidade em níveis elevados. Isso adiciona uma camada extra de incerteza e, possivelmente, mais volatilidade nos mercados financeiros", explica Igliori.
O segundo momento ocorre com a formação do novo governo, quando o vencedor das eleições assume o cargo e começa a implementar suas políticas.
Nesse cenário, embora possa haver mudanças na direção econômica, Igliori acredita que os impactos sobre os mercados e investimentos tendem a ser mais contidos. "As instituições americanas são robustas e tendem a restringir mudanças abruptas no curto prazo, independentemente de quem seja o presidente eleito", afirma.
Para os investidores brasileiros que desejam se proteger das oscilações do mercado durante o período eleitoral nos Estados Unidos, Danilo Igliori sugere algumas estratégias.
"Diante da possibilidade de aumento da volatilidade no curto prazo, uma abordagem prudente é reduzir um pouco a exposição ao risco nas carteiras de investimento”, recomenda. “Além disso, com a perspectiva de um novo governo, o ideal é manter uma estratégia de longo prazo, sempre levando em consideração as necessidades individuais e o apetite ao risco.”
A diversificação do portfólio, ele diz, continua sendo uma ferramenta fundamental para mitigar riscos e garantir a estabilidade dos investimentos ao longo do tempo.