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"Com menos riscos e mais barata que a Petrobras": por que a Ryo Asset prefere esta petrolífera

Luiz Constantino acredita que PRIO (ex-PetroRio) terá uma geração de caixa proporcionalmente maior do que a estatal no ano que vem

Plataforma de extração de petróleo da PRIO: campo de Wahoo pode aumentar produção em 40%  (Divulgação/Divulgação)

Plataforma de extração de petróleo da PRIO: campo de Wahoo pode aumentar produção em 40% (Divulgação/Divulgação)

Publicado em 10 de maio de 2024 às 10h34.

Última atualização em 11 de junho de 2024 às 15h48.

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Forte geração de caixa e preços relativamente atrativos são pontos geralmente defendidos por quem investe na Petrobras. Mas, na avaliação da gestora Ryo Asset, uma outra ação do setor estaria ainda mais barata do que a estatal e com menos riscos: a PRIO (ex-PetroRio).

"A PRIO está mais barata do que a Petrobras tanto em termos de geração de caixa quanto em TIR (Taxa Interna de Retorno). Ela é menos diversificada em campos, então tem um risco geológico maior. Mas, considerando todos os riscos existentes, políticos, de execução, capex e de intervenção, é claramente um ativo de retorno mais alto e com um risco mais baixo", afirma Luiz Felipe Constantino, gestor da Ryo Asset, em entrevista ao programa Vozes do Mercado, da Exame Invest.

Constantino projeta que, no ano que vem, a PRIO terá uma geração de caixa equivalente a 22% de seu valor, hoje em R$ 42 bilhões. "A geração de caixa da Petrobras, se pagar todo o dividendo extraordinário, seria próxima de 15% e com riscos de tomar sustos todos os dias."

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Wahoo e Albacora Leste

Parte da expectativa é calcada no início das operações do campo de Wahoo, que ainda depende da aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Isso permitirá a PRIO produzir mais 40 mil barris ante a atual capacidade de produção de 100 mil barris. Acreditamos que até o ano que vem a situação já estará normalizada."

A Ryo Asset também vê espaço para a companhia aumentar a produção pelo campo de Albacora Leste, adquirido da Petrobras. "A PRIO tem sido um operador fantástico nos últimos cinco anos, com muito sucesso em execução e alocação de capital, que tem sido muito importante", diz Constantino. Para o gestor, há espaço para a companhia seguir adquirindo novos poços nos próximos anos e, consequentemente, manter o crescimento de sua produção.

"A Petrobras não tem interesse e não consegue ser tão eficiente em poços menores. Por isso, deve continuar desinvestindo. Para a Petrorio, faz sentido comprar essas operações ao longo do tempo e gerar valor."

A Ryo Asset

Luiz Constantino trabalhou 16 anos na gestora Opportunity, onde fazia a gestão de um fundo de R$ 5 bilhões em ações. Em 2021, inaugurou junto com colegas da Opportunity a Ryo Asset, mantendo a filosofia de investimento de longo prazo e a abordagem bottom-up, que parte de premissas microeconômicas para a tomada de decisão. Um dos colegas que acompanharam Constantino desde o início da Ryo foi Milton Baggio, com quem forma uma parceria de mais de 18 anos e que também participou do Vozes do Mercado. "Nosso negócio é um negócio de ter boas pessoas, mas que também saibam trabalhar bem juntas", afirma  Constantino.

Apesar do período relativamente curto desde sua fundação, a Ryo tem pouco mais de R$ 2,4 bilhões sob gestão. Além da PRIO, compõem a carteira de investimentos da Ryo as ações da Equatorial, Iguatemi, Energisa, Eletrobras, Vibra, SmartFit e Sabesp. Constantino e Baggio explicam as teses no programa, disponível no canal da Exame no YouTube.

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