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Análise técnica de ações: 3 dicas para investidores iniciantes

Estratégia é aliada de traders que buscam potencializar ganhos de curto prazo na bolsa. Veja o que é preciso ter em mente para utilizá-la

 (Yuichiro Chino/Getty Images)

(Yuichiro Chino/Getty Images)

Isabel Rocha
Isabel Rocha

Jornalista

Publicado em 12 de maio de 2021 às 12h37.

Última atualização em 1 de julho de 2024 às 14h32.

Como identificar empresas com bom potencial de valorização? Esse é um dos maiores desafios enfrentados por quem opera no mercado acionário. Ainda que não exista uma maneira 100% assertiva de antever o desempenho de uma companhia, algumas estratégias podem ser usadas a favor dos investidores. Dentre elas, está a análise técnica.

Estamos falando de uma metodologia de estudo do mercado de renda variável que busca antecipar a tendência de oferta e demanda de ações por meio da análise de gráficos que retratam a variação dos preços no passado. É que, historicamente, estes movimentos tendem a se repetir. Por isso, a análise técnica também é conhecida como análise gráfica de ações.

Jornada da análise técnica

A abordagem caiu no gosto dos traders e é a principal estratégia usada por quem busca lucrar com as oscilações do mercado no curto prazo. Isso porque, diferentemente da análise fundamentalista, que implica um estudo aprofundado do balanço e dos resultados de cada empresa antes de operar, ela consegue prever a movimentação dos ativos com agilidade e pode ser aplicada a diferentes mercados.

“Com a análise técnica, você não precisa ser um especialista em determinada empresa ou setor, mas sim um especialista em gráficos. Assim, é possível avaliar qualquer tipo de empresa”, diz Lucas Claro, analista técnico CNPI do Banco BTG Pactual e responsável pela maior sala de trade no YouTube Brasil.

Ele estuda o assunto desde 2007 e é o responsável por ministrar a Jornada da Análise Técnica, um curso desenvolvido pela EXAME Academy com o objetivo de ensinar os principais fundamentos da análise gráfica aos investidores.

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Veja, a seguir, o que o especialista considera importante ter em mente para começar os estudos sobre esse modelo de investimento.

1. Conheça a bolsa de valores

Liquidação, taxa de corretagem, tributação e alavancagem. Estes são apenas alguns dos termos que devem fazer parte do vocabulário de quem deseja operar com base em análise técnica. Afinal, ainda que não seja preciso ser um expert no assunto, é importante que já exista alguma familiaridade com a bolsa de valores para conseguir ler os gráficos de maneira assertiva.

Segundo Claro, quanto mais conhecimento sobre o mercado financeiro o investidor tiver, maiores as chances de a sua estratégia ser bem-sucedida. “É preciso conhecer as regras do jogo. Operar na bolsa sem ter conhecimento algum pode levar a grandes perdas. Ao entender quais são as regras daquilo que está participando, ou seja, as regras da bolsa, você já está no mesmo nível de todo mundo", diz.

2. Cuidado com falsas promessas

É importante ter em mente que nenhuma tendência é eterna. A popularização da vida de trader trouxe consigo a falsa ideia de que é possível conseguir grandes lucros com esse tipo de operação da noite para o dia, mas é preciso muito estudo para chegar a um nível de entendimento que permita, de fato, potencializar ganhos na bolsa por meio da análise gráfica.

“Nenhum tipo de análise é uma receita de bolo, que sempre vai dar certo”, alerta Claro. “Uma coisa que eu sempre digo é que day trade não é para todo mundo. Você tem que ter um controle emocional muito grande, tem que ter o seu gerenciamento de risco e seguir a sua estratégia à risca. Tem muita gente leiga caindo nesse mundo e querendo operar day trade sem ter estrutura para isso”, explica.

3. Gerencie os riscos

O gerenciamento de riscos também é fundamental para evitar perdas ao operar com base na análise técnica. Isso porque, ainda que o potencial de retorno usando esse tipo de estratégia no curto prazo seja alto, o risco de perder dinheiro também é grande caso ela não esteja bem ajustada. “Não é só o ponto de entrada que deve ser muito bem feito, mas sim o ponto de saída. Ou seja, em que momento você vai gerenciar o seu risco”, alerta Claro.

O especialista explica, ainda, que a percepção de risco varia de pessoa para pessoa. Por isso, é fundamental que o investidor entenda os princípios teóricos e práticos das operações de análise técnica para que possa adequá-las às suas necessidades e objetivos com autonomia.

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