EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Para selecionar as ações mais promissoras para 2009, EXAME realizou dois levantamentos. Com a ajuda da consultoria financeira Economática, identificou as empresas que apresentam um índice Preço-Lucro (P/L) menor que a média dos seus respectivos setores. Esse indicador mede em quanto tempo um investidor consegue reaver o dinheiro aplicado nas ações de uma empresa recebendo apenas os dividendos pagos por ela - quanto menor o P/L, mais barata a ação.
Além disso, EXAME consultou 40 profissionais de algumas das principais corretoras, gestoras de recursos e consultorias de investimento do país para saber quais papéis estão entre suas principais apostas para o ano. É importante ressaltar que o fato de esses especialistas não terem recomendado um papel não significa, necessariamente, que eles considerem esse papel um mau investimento - significa que o papel não está entre as principais apostas para 2009.
Num primeiro momento, foram selecionadas as ações que receberam, no mínimo, quatro indicações desses profissionais. Foi analisado o P/L de cada uma dessas empresas. Inicialmente, foram mantidas as companhias com P/Ls inferiores às médias de seus setores (ou seja, que estão mais baratas frente à média de suas principais concorrentes). As demais, porém, não foram descartadas: foram estudadas caso a caso, e só continuaram a fazer parte da lista aquelas que tinham P/Ls mais elevados por alguma razão específica. O resultado final dessa avaliação são as 12 ações listadas na reportagem.
Entre as indicadas, as empresas que têm P/Ls mais altos que a média de seus setores são: os bancos Bradesco e Itaú, as empresas de energia elétrica AES Tietê e Cemig e a siderúrgica CSN. Veja abaixo as justificativas:
Cemig: é considerada uma das empresas mais bem administradas do setor de energia elétrica (que tem várias companhias com problemas de gestão, caso da Copel, na opinião dos analistas). Por isso, o P/L mais alto tem justificativa e ela foi indicada como uma opção de investimento na bolsa para 2009
CSN: é uma produtora de aço integrada, isto é, possui ferrovias e é auto-suficiente na produção de minério de ferro, a matéria-prima para a fabricação do aço. Além disso, vendeu parte da subsidiária Namisa no fim de 2008 e engordou seu caixa, algo visto como positivo em tempos de crise. Por essa razão, foi indicada como uma das apostas do ano
Bradesco e Itaú: a crise internacional afastou os investidores estrangeiros de ações de bancos em todo o mundo. No Brasil, os papéis dos bancos médios foram os mais afetados, porque essas instituições têm mais dificuldades que os gigantes do setor para captar recursos e também porque suas ações são pouco negociadas na bolsa (um risco em tempos de crise). Isso puxou para baixo o P/L médio do setor.
Veja abaixo a lista dos profissionais consultados
Foram ouvidos 40 executivos de corretoras, gestoras de recursos e consultorias de investimento