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Vai viajar para fora? Veja o que fazer com o aumento do IOF

Saiba como o aumento do IOF nos cartões de débito e pré-pagos afeta seus planos e veja como rever o orçamento


	Notas de Real e de Dólar: Compra da moeda estrangeira em espécie é a única transação que continua com o IOF menor, de 0,38%
 (Bruno Domingos/Reuters)

Notas de Real e de Dólar: Compra da moeda estrangeira em espécie é a única transação que continua com o IOF menor, de 0,38% (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 11h53.

São Paulo – Com o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre transações feitas com moedas estrangeiras os viajantes não têm muita escapatória e arcar com a alta do tributo será praticamente inevitável.

Passam a contar com o imposto de 6,38% os pagamentos em moeda estrangeira feitos com cartões de débito, os saques em moeda estrangeira no exterior, os carregamentos de cartões pré-pagos e as compras de cheques de viagem (traveller checks). 

Os pagamentos feitos com cartão de crédito já contavam com o imposto de 6,38%. 

O único tipo de transação que continua com a alíquota de 0,38% é o saque da moeda estrangeira em espécie nos bancos e corretoras de câmbio independentes.

Na prática, se antes o viajante pagava 3,80 dólares a cada 1.000 dólares carregados no cartão pré-pago, por exemplo, a partir de agora ele deverá pagar 63,80 dólares.

Diante dessa nova configuração, o consultor financeiro André Massaro avalia que não restam alternativas ao turista brasileiro, a não ser amargar o prejuízo. “O viajante foi muito prejudicado. A única opção para não pagar o imposto de 6,38% é comprar a moeda física, mas não é recomendável comprar altas quantias em espécie porque existem riscos de roubos, perdas e de compra de dinheiro falso”, diz.

Como o imposto é debitado no momento do carregamento, quem carregou o cartão pré-pago até o dia 27 de dezembro, não terá que arcar com o tributo mais alto, inclusive se precisar sacar no exterior valores que foram carregados até essa data. O mesmo vale para os cheques de viagem comprados antes do dia 28 de dezembro, quando passou a vigorar a nova medida. 

Orçamento

Para quem tem uma viagem planejada e ainda não comprou a moeda estrangeira, a orientação é reavaliar o orçamento contemplando gastos maiores.

Segundo Massaro, uma pessoa que pretende gastar 10 mil dólares no exterior, por exemplo, não deve sacar todo o montante em espécie. “Como regra geral, sacar algo entre 1.000 a 2 mil dólares pode ser considerado menos inseguro. Mas, mais do que 3 mil dólares já é mais inseguro e inconveniente e aí é melhor pagar os 6,38% e reconhecer a perda, não tem jeito”, afirma.


Apesar de sair mais em conta, comprar uma grande quantidade de moeda estrangeira em espécie traz o risco de roubo e perda do dinheiro, que podem pesar muito mais no bolso do que o pagamento do tributo à alíquota de 6,38%.

A recomendação a partir de agora, portanto, é reavaliar o orçamento da viagem vislumbrando um gasto 6% superior ao previsto anteriormente. E caso os gastos estejam no limite e não seja possível aumentar o orçamento, o viajante deve considerar o corte de algumas despesas.

Cartão de crédito

Com a mesma tributação para os cartões de débito, pré-pagos e cartões de crédito, ficou muito mais vantajoso fazer as compras no crédito.

“Não faz mais sentido fugir do cartão de crédito nas viagens. Agora que foi igualado o imposto vale a pena usar o crédito para acumular mais milhas e benefícios nos programas de recompensa dos cartões”, comenta André Massaro. 

Onde é mais barato comprar moeda em espécie

O Banco Central disponibiliza por meio de seu site uma ferramenta online para pesquisar a melhor taxa de câmbio para comprar e vender moeda estrangeira, antes e depois de viajar.

O serviço, chamado Ranking do VET, permite ao usuário comparar e ranquear as instituições que comercializam moedas, como bancos e corretoras de câmbio independentes, segundo o Valor Efetivo Total (VET) das suas operações de câmbio.

Saiba como utilizar a ferramenta.

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