As incertezas em relação ao mercado acionário estão afetando fortemente o desempenho dos papéis do grupo educacional Estácio, que estrearam nesta segunda-feira (30/7) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). As units chegaram a ser negociadas nessa manhã com desvalorização de até 3,5% e, às 10h37, horário do último negócio, eram cotadas a 22,05 reais, em queda de 2%.

As perdas de hoje, no entanto, não são as primeiras. Os papéis da empresa já saíram com valor 30% abaixo do mínimo previsto pelo banco UBS Pactual, coordenador da oferta pública inicial (IPO). A avaliação da instituição era de que o preço inicial dos papéis ficasse entre 32,50 reais e 42,50 reais, mas ele foi fixado em 22,50 reais.

Com isso, a Estácio captou apenas 252,11 milhões de reais com sua oferta primária - 171,86 milhões de reais a menos que o esperado - , recursos que serão utilizados na aquisição de concorrentes, manutenção e expansão dos negócios já existentes.

Essa é a primeira vez que uma companhia do setor de educação registra perdas no primeiro dia de negociação na Bolsa. Em março, o grupo Anhanguera lançou suas units com valorização de 13%, enquanto a Kroton, que entrou na Bovespa no último dia 23, contabilizou alta de 21%.

Hoje as units de ambas as empresas ainda não foram negociadas. Na sexta-feira (27/7), no entanto, os papéis da Anhanguera caíram 0,62%, enquanto os da Kroton ignoraram a queda do mercado e subiram 1,63%.

General Shopping

As ações do General Shopping também estrearam na Bolsa nesta segunda-feira. Os papéis, no entanto, operam estáveis, cotados a 14 reais. Até o momento, foram realizados 1963 negócios.