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Unibanco e Itaú querem se tornar banco global

Instituições planejam começar expansão internacional pela América Latina

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O Unibanco e o Itaú informaram nesta segunda-feira que planejam se tornar um banco global. Em entrevista para explicar a fusão das instituições, anunciada nesta manhã, os presidentes dos bancos, Pedro Moreira Salles (Unibanco) e Roberto Setubal (Itaú), afirmaram que o processo de internacionalização deve começar pela América Latina e citaram alguns alvos como México, Colômbia, Peru e Chile.

O Itaú já possui agências em países do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Chile. Também atua como private banking (banco voltado para pessoas de alta renda) em vários países da América Latina, Estados Unidos e Europa. O movimento de internacionalização poderá agora se acentuar com a criação de um gigante brasileiro do setor financeiro.

Para os bancos, a compra do Real pelo Santander, fechada no ano passado, mudou os parâmetros de escala do setor financeiro brasileiro. O negócio deu ao Santander o fôlego necessário para disputar de igual para igual o mercado brasileiro com os principais bancos locais (Itaú, Bradesco e Banco do Brasil). As conversas entre Itaú e Unibanco começaram há 15 meses, mas foram aceleradas pela chegada da crise financeira internacional ao Brasil, que tornou o crédito mais caro e escasso.

Setubal admitiu que outras instituições financeiras brasileiras também devem participar do processo de consolidação. Imediatamente após o anúncio desta segunda-feira, o mercado começou a especular qual seria a resposta do Bradesco para a operação. EXAME também informou nesta segunda que o Banco do Brasil negocia a compra de metade do Banco Votorantim, da família Ermírio de Moraes. No mês passado, uma medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva permitiu que o BB e a Caixa Econômica Federal comprassem bancos privados. Outros alvos do BB são os bancos públicos, como o paulista Nossa Caixa.

Integração

Setubal e Moreira Salles também deram alguns detalhes de como será o processo de integração das instituições. Os dois bancos devem esperar a aprovação do Banco Central para a operação antes de iniciar a união das atividades. A expectativa é de que, após o sinal verde do BC, a integração seja concluída em 18 meses - muito provavelmente em 2010.

Os bancos admitem que deve haver sobreposição de agências e pessoal, mas acreditam que não será necessário demitir funcionários. Como os bancos planejam crescer nos próximos anos, parte dos funcionários que eventualmente ficará sem função poderia ser remanejada para outras áreas.

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