Tesouro Direto: investimento em renda fixa recomendado para quem deseja riscos controlados e previsibilidade maior quanto ao rendimento (./Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2020 às 16h00.
Última atualização em 30 de dezembro de 2020 às 16h25.
2020 foi um ano tão cheio de incertezas que até alguns títulos do Tesouro Direto conhecidos pela segurança sofreram com a volatilidade, em razão do ajuste periódico do seu valor de face -- a chamada marcação a mercado.
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"Em um ambiente de alta incerteza econômica e fiscal, decidir entre títulos pré fixados -- que sofrem fortemente com a alteração das perspectivas sobre a taxa futura esperada -- e títulos pós fixados -- que tendem a render de maneira contínua e segura a taxa básica -- foi uma tarefa árdua", afirma André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos.
Em análise enviada a clientes, Perfeito diz que os títulos prefixados poderiam a qualquer momento desabar com a perspectiva de elevação dos juros dadas as "condições fiscais calamitosas" no Brasil, mas não foi isso que ocorreu na sua maioria. E que a persistência de juros baixos no curto prazo fez o "miolo" da curva de juros ceder, criando "grandes ganhos" aos seus detentores. Resultado: títulos do Tesouro IPCA+ (NTN-B) que vencem em 2024 tiveram rendimento de quase 9% neste ano.
Foi um ano em que, em dado momento (agosto e setembro, principalmente), até títulos do Tesouro Selic (pós-fixados que acompanham a taxa básica de juros), que estão entre os mais seguros do mercado, chegaram a registrar rendimento negativo.
"No fim, o grande vencedor foi um título que ninguém mais pode comprar. Os títulos vinculados ao IGP-M (o Índice Geral de Preços - Mercado, calculado pela Fundação Getulio Vargas) bateram todos os outros na esteira da alta recorde do IGP-M, derivado de um choque via câmbio que fez os índices gerais dispararem", observa o economista.
Veja a seguir o desempenho dos títulos do Tesouro Direto até a terça-feira, 29 de dezembro: