Tacadas mais certeiras

Que golfista amador nunca sonhou com a tacada perfeita? De olho nesse público, fabricantes de equipamentos chegam a investir anualmente mais de 200 milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. O valor não é tão alto para uma indústria que fatura no mundo 30 bilhões de dólares por ano, dos quais 8 bilhões em equipamentos (metade em tacos). Um dos filões mais promissores nesse mercado é o de tacos para longas distâncias -- drivers, no jargão do golfe. A Mac Gregor, uma das maiores empresas do setor, investiu 25 milhões de dólares no desenvolvimento do novíssimo Eye-O-Matic. A grande revolução desse taco é um acréscimo de 30% em sua face, o que dá maior segurança no momento da tacada e maior força também. Um taco desse tipo pode lançar a bolinha a uma distância de até 329 metros. O desafio da Mac Gregor agora é divulgar seu produto antes de seus concorrentes, que sempre apostaram pesado no mercado publicitário. Callaway, Titleist, Taylor Made e Nike são alguns dos outros fabricantes que têm se destacado nesse setor. Utilizando tacos feitos de titânio e varas de fibra de carbono ou grafite, essas empresas têm conseguido reduzir o peso dos drivers e aumentar a área de contato da base do taco com a bola. Essas novas tecnologias limitam os desvios para os lados e garantem jogadas mais precisas. A Nike, por exemplo, lançou recentemente o Ignite, um taco bastante leve e ainda assim resistente. O investimento em pesquisa foi de 1 milhão de dólares (não muito alto), mas o taco tem dois trunfos: ele vem sendo utilizado pelo fenômeno Tiger Woods nas competições oficiais e tem uma liga exclusiva de titânio. No Brasil, os números do esporte são modestos -- para não dizer risíveis, se comparados aos do mercado mundial. Aqui, os jogadores consomem anualmente 550 000 dólares em tacos, sendo 200 000 em drivers. Dados da Confederação Brasileira de Golfe revelam que existem no país apenas 20 000 jogadores. Até jogo de dardos tem mais adeptos. Uma das razões para o reduzido número de praticantes é a alta carga de impostos sobre a importação dos equipamentos. Em alguns casos, o preço dos produtos dobra por causa da taxação. Ainda assim, o crescimento do golfe é um dado concreto. A atividade se expande no país a um ritmo de 12% ao ano

Que golfista amador nunca sonhou com a tacada perfeita? De olho nesse público, fabricantes de equipamentos chegam a investir anualmente mais de 200 milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. O valor não é tão alto para uma indústria que fatura no mundo 30 bilhões de dólares por ano, dos quais 8 bilhões em equipamentos (metade em tacos). Um dos filões mais promissores nesse mercado é o de tacos para longas distâncias -- drivers, no jargão do golfe. A Mac Gregor, uma das maiores empresas do setor, investiu 25 milhões de dólares no desenvolvimento do novíssimo Eye-O-Matic. A grande revolução desse taco é um acréscimo de 30% em sua face, o que dá maior segurança no momento da tacada e maior força também. Um taco desse tipo pode lançar a bolinha a uma distância de até 329 metros. O desafio da Mac Gregor agora é divulgar seu produto antes de seus concorrentes, que sempre apostaram pesado no mercado publicitário. Callaway, Titleist, Taylor Made e Nike são alguns dos outros fabricantes que têm se destacado nesse setor. Utilizando tacos feitos de titânio e varas de fibra de carbono ou grafite, essas empresas têm conseguido reduzir o peso dos drivers e aumentar a área de contato da base do taco com a bola. Essas novas tecnologias limitam os desvios para os lados e garantem jogadas mais precisas. A Nike, por exemplo, lançou recentemente o Ignite, um taco bastante leve e ainda assim resistente. O investimento em pesquisa foi de 1 milhão de dólares (não muito alto), mas o taco tem dois trunfos: ele vem sendo utilizado pelo fenômeno Tiger Woods nas competições oficiais e tem uma liga exclusiva de titânio. No Brasil, os números do esporte são modestos -- para não dizer risíveis, se comparados aos do mercado mundial. Aqui, os jogadores consomem anualmente 550 000 dólares em tacos, sendo 200 000 em drivers. Dados da Confederação Brasileira de Golfe revelam que existem no país apenas 20 000 jogadores. Até jogo de dardos tem mais adeptos. Uma das razões para o reduzido número de praticantes é a alta carga de impostos sobre a importação dos equipamentos. Em alguns casos, o preço dos produtos dobra por causa da taxação. Ainda assim, o crescimento do golfe é um dado concreto. A atividade se expande no país a um ritmo de 12% ao ano