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SulAmerica Investimentos recomenda distância da bolsa

Segundo vice-presidente da SulAmérica Investimentos, o mais apropriado para o momento são aplicações de curto prazo e distância da Bovespa

Bovespa: desde 2013, a situação parece um pouco mais complicada, mesmo com a ajuda do mercado de câmbio (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2015 às 16h08.

São Paulo - Por conta dos quadros econômico e político ainda incertos no país, as recomendações do vice-presidente da SulAmérica Investimentos, Marcelo Mello, são de apostas em ativos prefixados de curto prazo, pelos menos até dezembro deste ano.

Para ele, o cenário interno deve piorar um pouco mais antes de melhorar.

Na visão do braço de gestão da seguradora, o ciclo econômico atual favorece os papéis prefixados, ante os favoritos NTN-B, os títulos do Tesouro Nacional, focados em prazos mais longos.

Isso porque, com o fim do aperto dos juros sinalizado pelo Banco Central (BC), os juros reais correntes ficarão bastante elevados e renderão prêmios maiores.

O executivo acredita que os piores riscos estarão nos ativos de prazo maior, de olho nas preocupações com a área fiscal brasileira, no cenário político, nos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em relação aos juros e a situação da economia chinesa.

Distância da Bovespa

Segundo Mello, o mercado acionário brasileiro perde hoje por causa de um conjunto macroeconômico desfavorável para o crescimento dos lucros das companhias, pela trajetória vacilante do ajuste fiscal e pelas sinalizações do Fed sobre um aumento dos juros americanos até dezembro.

Além disso, a dúvida sobre o crescimento chinês tem pressionado um novo ajuste para baixo nos preços das commodities. No acumulado de 2015, o minério de ferro já caiu 25%, assim como o petróleo perdeu 35%.

”A Bovespa pode cair ainda mais. Quem está na bolsa fica para não realizar perdas, mas deve sair dos papéis focados em commodities (siderurgia, minério e petróleo) para aqueles do setor financeiro, consumo, papel e celulose”, sugere.

Mesmo durante os períodos de crise, a bolsa brasileira contou com alguns “gatilhos” para o crescimento. Mas desde 2013, a situação parece um pouco mais complicada, mesmo com a ajuda do mercado de câmbio. É o que mostra a tabela abaixo montada pela gestora:

CrisesRecentes_SulAmérica_01

CrisesRecentes_SulAmérica_02

Crédito privado

O segmento de crédito privado tem refletido o risco político e os desdobramentos da Operação Lava Jato, de acordo com a gestora.

As perspectivas da SulAmérica são de redução do papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no mercado, diminuindo a necessidade de repasse do Tesouro para o banco.

Com isso, surgirão mais oportunidades para emissões de debêntures de infraestrutura. Só o pacote anunciado pelo governo para o segmento prevê R$ 190 bilhões e rolagem de dívidas das empresas nos próximos 12 meses, que somarão aproximadamente R$ 40 bilhões.

Projeções

Para 2015, a equipe da SulAmérica projeta uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de -2% e de -0,80% no ano que vem.

Já a inflação deste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar em 9,26%, desacelerando para 5,65% em 2016.

Em dezembro, o dólar deve bater os R$ 3,60 e os R$ 4 no mesmo mês do próximo ano.

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Para ele, o cenário interno deve piorar um pouco mais antes de melhorar.

Na visão do braço de gestão da seguradora, o ciclo econômico atual favorece os papéis prefixados, ante os favoritos NTN-B, os títulos do Tesouro Nacional, focados em prazos mais longos.

Isso porque, com o fim do aperto dos juros sinalizado pelo Banco Central (BC), os juros reais correntes ficarão bastante elevados e renderão prêmios maiores.

O executivo acredita que os piores riscos estarão nos ativos de prazo maior, de olho nas preocupações com a área fiscal brasileira, no cenário político, nos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em relação aos juros e a situação da economia chinesa.

Distância da Bovespa

Segundo Mello, o mercado acionário brasileiro perde hoje por causa de um conjunto macroeconômico desfavorável para o crescimento dos lucros das companhias, pela trajetória vacilante do ajuste fiscal e pelas sinalizações do Fed sobre um aumento dos juros americanos até dezembro.

Além disso, a dúvida sobre o crescimento chinês tem pressionado um novo ajuste para baixo nos preços das commodities. No acumulado de 2015, o minério de ferro já caiu 25%, assim como o petróleo perdeu 35%.

”A Bovespa pode cair ainda mais. Quem está na bolsa fica para não realizar perdas, mas deve sair dos papéis focados em commodities (siderurgia, minério e petróleo) para aqueles do setor financeiro, consumo, papel e celulose”, sugere.

Mesmo durante os períodos de crise, a bolsa brasileira contou com alguns “gatilhos” para o crescimento. Mas desde 2013, a situação parece um pouco mais complicada, mesmo com a ajuda do mercado de câmbio. É o que mostra a tabela abaixo montada pela gestora:

CrisesRecentes_SulAmérica_01

CrisesRecentes_SulAmérica_02

Crédito privado

O segmento de crédito privado tem refletido o risco político e os desdobramentos da Operação Lava Jato, de acordo com a gestora.

As perspectivas da SulAmérica são de redução do papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no mercado, diminuindo a necessidade de repasse do Tesouro para o banco.

Com isso, surgirão mais oportunidades para emissões de debêntures de infraestrutura. Só o pacote anunciado pelo governo para o segmento prevê R$ 190 bilhões e rolagem de dívidas das empresas nos próximos 12 meses, que somarão aproximadamente R$ 40 bilhões.

Projeções

Para 2015, a equipe da SulAmérica projeta uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de -2% e de -0,80% no ano que vem.

Já a inflação deste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar em 9,26%, desacelerando para 5,65% em 2016.

Em dezembro, o dólar deve bater os R$ 3,60 e os R$ 4 no mesmo mês do próximo ano.

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