O Banco Itaú desistiu de comprar as participações do banco ítalo-francês IntesaBCI, controlador do Sudameris, que ficam fora do Brasil. Além da filial brasileira, que representa a maior parte das suas operações, o IntesaBCI tem subsidiárias na França, Colômbia, Peru, Argentina, México, Estados Unidos e Mônaco.

Mesmo comprando menos, o Itaú vai pagar 75 milhões de dólares mais caro. O total pago acima do valor patrimonial do Sudameris, conhecido como "goodwill", subiu de 850 para 925 milhões de dólares, diz Henri Penchas, vice-presidente do Itaú. "Temos até 30 de abril para assinar o contrato, e a partir daí vamos fazer a auditoria no banco", diz ele. Penchas espera que o processo esteja totalmente concluído até o fim de agosto.

A conclusão do negócio entre os dois bancos vinha sendo adiada desde o anúncio da aquisição, no dia 24 de dezembro passado. O Itaú estava com dificuldades para definir o valor dos bancos fora do Brasil. Outro fator para explicar o desinteresse é a pequena escala das operações. As subsidiárias fora do Brasil têm poucas agências e um reduzido volume de negócios.