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Saques por meio do PIX aumentam mais de 15.000% em um ano; entenda como funciona a modalidade

Relatório do Banco Central mediu o avanço da modalidade entre dezembro de 2021, mês de lançamento do PIX, e dezembro de 2022

PIX: saques disparam no último ano, diz Banco Central (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

PIX: saques disparam no último ano, diz Banco Central (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 4 de setembro de 2023 às 17h35.

O PIX, além de promover pagamentos mais rápidos e práticos, também vem sendo utilizado para outra função: o saque de valores. Segundo o relatório do Banco Central divulgado nesta segunda-feira, 4, sobre a gestão da ferramenta em 2022, o PIX Saque, como é conhecido, cresceu 15.767% em um ano.

O relatório mediu o avanço da modalidade entre dezembro de 2021, mês de lançamento, e dezembro de 2022. De 3.588 saques que totalizavam R$ 442.130,00 em retirada, os números saltaram para 569.313 saques, registrando um montante de R$ 74.467.727,00.

O PIX Troco, outra modalidade da ferramenta, também chama atenção pelo seu crescimento em quantidade e em valor, apesar de ser um avanço mais lento do que o PIX Saque.

Em dezembro de 2021, 293 saques no valor de R$ 26.216 haviam sido realizados. Um ano depois, no período homólogo, o número subiu para 6.531 saques, somando R$ 801.770 de retirada, um aumento de 2.129%

Ainda segundo o documento, quando analisada a distribuição das transações tanto do PIX Saque como PIX Troco por agentes de saques, percebe-se que 94,2% ocorrem em caixas eletrônicos compartilhados e em correspondentes bancários no País.

No que se refere ao número de estabelecimentos que ofertam os serviços e já tiveram ao menos uma transação de uma das duas modalidades, um aumento gradativo foi observado. Em dezembro de 2021, havia 1,7 mil estabelecimentos. Um ano depois, no mesmo mês, o número saltou para 11,8 mil, um avanço de 594%.

Como funcionam as modalidades?

O PIX Saque ou o PIX Troco nada mais são do que formas da população sacar dinheiro por meio da ferramenta. Criadas há dois anos, ambas as modalidades têm como propósito democratizar o acesso aos saques em regiões com baixa presença de instituições financeiras ou má distribuição dos pontos de saque.

Justamente por esse fator, o Banco Central destaca também em relatório que essas transações ocorreram, no último ano, majoritariamente fora das capitais do país.

Para utilizar o PIX Saque, o usuário pode transferir um valor em PIX direto de sua conta para a conta de um agente de saque, que pode ser um estabelecimento comercial, por exemplo. Em seguida, o usuário comparece ao local e retira esse valor no próprio estabelecimento que serviu de agente de saque.

Nesta modalidade, o limite do saque é R$ 3 mil durante o dia, e R$ 1 mil à noite, segundo o último anúncio do Banco Central em abril. Em relação a quantidade de saques, pessoas físicas podem fazer oito retiradas por mês sem custo (considerando saque tradicional e via PIX)

O PIX Troco, por sua vez, permite que o usuário saque o dinheiro durante uma compra. Sendo assim, ele paga um valor a mais no bem consumido e recebe o troco na forma de dinheiro. A exemplo, ele transfere R$ 30 por meio do PIX e recebe R$ 10 no papel-moeda.

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