Renda fixa pode ser boa e ruim ao mesmo tempo?
Internauta questiona se a renda fixa, além de evitar prejuízos, pode funcionar como freio quando o mercado está em alta
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2013 às 09h00.
Dúvida do internauta: Posso concluir que um ativo derenda fixaem uma carteira de investimento pode ter o papel tanto de freio como de suporte, uma vez que, com a queda de outros ativos, a renda fixa suporta ou pelo menos minimiza perdas e, ao contrário, quando ativos estão em alta, ela freia um pouco a valorização total da carteira? É correto afirmar isso?
Resposta de Beto Veiga*:
Olá, você fez uma elaboração bastante interessante em relação aos ativos de renda fixa na sua carteira de investimentos. Há boa dose de acerto no que declarou, mas devem ser aplicados alguns limites.
Um ativo de renda fixa nem sempre possui as características, no curto prazo, de garantir a estabilidade. Nós vimos isso agora com os títulos indexados à inflação, que tanta felicidade trouxeram ao investidor nos anos recentes e para os que entraram no final do ano passado e nesse ano estão causando algumas perdas momentâneas.
Por outro lado, uma categoria dos títulos de renda fixa, que é aquela atrelada aos juros de curto prazo (DI, ou Selic), apresentam os elementos para assegurar a estabilidade do investimento, dado que - salvo exceções esporádicas para o caso dos remunerados com base na Selic - não trará surpresas de apresentar, no dia seguinte, um montante inferior ao que foi aplicado no dia anterior (em termos nominais, pelo menos).
Concluindo, assim como você interpretou a questão, estes últimos papéis que mencionei são exatamente aqueles que os consultores indicam para que seja aplicada boa parte da renda necessária para custear as despesas durante a aposentadoria quando o investidor entra no período de realização dos saques.
*Beto Veiga é doutor em economia pela Universidade de Brasília, ex-funcionário do Banco Central e consultor de valores mobiliários registrado na CVM. É autor dos livros “O Essencial sobre o Tesouro Direto” , “Tudo sobre CDB”, além do Blog "Beto Veiga - finanças desvendadas" e "Case com seu banco com separação de bens".
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Envie outras dúvidas financeiras para seudinheiro_exame@abril.com.br.
Dúvida do internauta: Posso concluir que um ativo derenda fixaem uma carteira de investimento pode ter o papel tanto de freio como de suporte, uma vez que, com a queda de outros ativos, a renda fixa suporta ou pelo menos minimiza perdas e, ao contrário, quando ativos estão em alta, ela freia um pouco a valorização total da carteira? É correto afirmar isso?
Resposta de Beto Veiga*:
Olá, você fez uma elaboração bastante interessante em relação aos ativos de renda fixa na sua carteira de investimentos. Há boa dose de acerto no que declarou, mas devem ser aplicados alguns limites.
Um ativo de renda fixa nem sempre possui as características, no curto prazo, de garantir a estabilidade. Nós vimos isso agora com os títulos indexados à inflação, que tanta felicidade trouxeram ao investidor nos anos recentes e para os que entraram no final do ano passado e nesse ano estão causando algumas perdas momentâneas.
Por outro lado, uma categoria dos títulos de renda fixa, que é aquela atrelada aos juros de curto prazo (DI, ou Selic), apresentam os elementos para assegurar a estabilidade do investimento, dado que - salvo exceções esporádicas para o caso dos remunerados com base na Selic - não trará surpresas de apresentar, no dia seguinte, um montante inferior ao que foi aplicado no dia anterior (em termos nominais, pelo menos).
Concluindo, assim como você interpretou a questão, estes últimos papéis que mencionei são exatamente aqueles que os consultores indicam para que seja aplicada boa parte da renda necessária para custear as despesas durante a aposentadoria quando o investidor entra no período de realização dos saques.
*Beto Veiga é doutor em economia pela Universidade de Brasília, ex-funcionário do Banco Central e consultor de valores mobiliários registrado na CVM. É autor dos livros “O Essencial sobre o Tesouro Direto” , “Tudo sobre CDB”, além do Blog "Beto Veiga - finanças desvendadas" e "Case com seu banco com separação de bens".
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