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Renda fixa e investimento no exterior podem salvar 2014

Gestora de recursos do HSBC apresenta as perspectivas para os investimentos em 2014

Bolsa de Nova York: Recuperação dos Estados Unidos e alta do dólar podem abrir oportunidades no exterior (Jin Lee/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 05h00.

São Paulo – O ano de 2013 foi conturbado para os investidores brasileiros, e 2014 promete ser ainda mais complicado. Mas para o HSBC , haverá boas oportunidades em investimentos ligados à inflação e que se beneficiem do juro alto, em fundos multimercados – principalmente aqueles que investem parte do patrimônio no exterior – e em fundos de ações small caps . Uma combinação de estratégias que já funcionaram neste ano com estratégias adaptadas ao cenário mais duro.

Em apresentação a jornalistas nesta quarta-feira, o presidente executivo da gestora de recursos (asset) do HSBC para o Brasil e América Latina, Pedro Bastos, afirmou que 2013 foi um dos anos mais conturbados que ele já viveu, equivalente talvez a 2002, mas que o mercado brasileiro mostrou um novo tipo de maturidade. “Não houve tantos resgates dos fundos multimercados como no passado, quando esses fundos chegaram a perder 50% do patrimônio ao renderem abaixo da taxa de juros DI”, diz Bastos.

Para ele, uma estratégia que rendeu bem para esses fundos em 2013 e que deve continuar a dar bons frutos em 2014 é o investimento de parte do patrimônio em ativos no exterior. Com a recuperação econômica de Estados Unidos e Europa em 2014 e a retirada dos estímulos americanos à economia – o que deve acarretar a valorização do dólar – aplicar lá fora deve ficar ainda mais interessante. O HSBC prevê que 2014 termine com o dólar a 2,50 reais.

Os fundos multimercados podem investir até 20% de seu patrimônio no exterior, podendo ser abertos a qualquer tipo de investidor. Já os fundos que investem 100% dos seus recursos no exterior - mas que são sediados no Brasil – são voltados apenas para investidores superqualificados, isto é, que têm ao menos um milhão de reais em aplicações financeiras. Veja como funcionam os fundos multimercados que investem no exterior e conheça alguns desses fundos que vinham apresentando bom desempenho neste ano.

Tesouro Direto traz boas oportunidades

Com o juro e inflação altos, outro investimento que deve se destacar é a renda fixa atrelada à inflação. As Notas do Tesouro Nacional-série B (NTN-Bs) negociadas via Tesouro Direto atualmente pagam 6% ao ano acima da inflação, e com uma possível alta ainda maior da taxa básica de juros (Selic) no ano que vem, podem passar a oferecer juros ainda maiores. O HSBC projeta uma Selic em 10,5% no fim do ano que vem, e uma inflação de 6,4%, esbarrando no teto da meta do Banco Central que é de 6,5%.

“É um momento interessante para começar a montar posições em papéis de renda fixa de longo prazo que gerem esse juro real de 6% ao ano. O juro real brasileiro voltou a patamares semelhantes aos de 2008 a 2012, e existe oportunidade nele. Quando o ciclo de alta de juros americanos acontecer, o juro brasileiro pode voltar a cair”, diz Bastos, lembrando que quem investir em ativos atrelados à inflação agora vai garantir um juro real interessante quando a Selic voltar a cair, no futuro.


Bastos acredita que, para um jovem de 30 anos, por exemplo, NTN-Bs com vencimentos em 2035 e 2050 podem ser uma maneira formidável de formar uma boa poupança para o futuro. Mas quem optar por esse tipo de investimento deve tomar cuidado: com a perspectiva de alta de juros, papéis comprados agora prometendo um juro de 6% ao ano acima da inflação podem oscilar para baixo quando a Selic subir mais. Assim, é melhor carregar o investimento até o vencimento e comprar os novos títulos que paguem mais, do que vender o título antes do fim do prazo, podendo amargar perdas.

Bolsa vai ficar atrativa

O HSBC prevê um primeiro semestre cheio de volatilidade na Bolsa no ano que vem, mas acredita que o segundo semestre verá certa recuperação, pouco antes das eleições presidenciais. “Ficar fora da Bolsa nesses níveis não é recomendável. A Bolsa brasileira está ficando atraente. Acho que as eleições serão concorridas, com a oposição se organizando e a discussão de planos econômicos”, diz Pedro Bastos.

Para ele, os ativos brasileiros já incorporam e precificam boa parte das dificuldades econômicas do país, mas talvez não um possível rebaixamento da nota de risco de crédito do Brasil, que pode ocorrer no ano que vem. A recomendação do HSBC é a diversificação de estratégias de diferentes índices, como fundos referenciados no IBrX-100, fundos de dividendos e fundos de small caps (empresas de baixo valor de mercado).

Vídeo: Qual a maior ameaça ao meu dinheiro em 2014?

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São Paulo – O ano de 2013 foi conturbado para os investidores brasileiros, e 2014 promete ser ainda mais complicado. Mas para o HSBC , haverá boas oportunidades em investimentos ligados à inflação e que se beneficiem do juro alto, em fundos multimercados – principalmente aqueles que investem parte do patrimônio no exterior – e em fundos de ações small caps . Uma combinação de estratégias que já funcionaram neste ano com estratégias adaptadas ao cenário mais duro.

Em apresentação a jornalistas nesta quarta-feira, o presidente executivo da gestora de recursos (asset) do HSBC para o Brasil e América Latina, Pedro Bastos, afirmou que 2013 foi um dos anos mais conturbados que ele já viveu, equivalente talvez a 2002, mas que o mercado brasileiro mostrou um novo tipo de maturidade. “Não houve tantos resgates dos fundos multimercados como no passado, quando esses fundos chegaram a perder 50% do patrimônio ao renderem abaixo da taxa de juros DI”, diz Bastos.

Para ele, uma estratégia que rendeu bem para esses fundos em 2013 e que deve continuar a dar bons frutos em 2014 é o investimento de parte do patrimônio em ativos no exterior. Com a recuperação econômica de Estados Unidos e Europa em 2014 e a retirada dos estímulos americanos à economia – o que deve acarretar a valorização do dólar – aplicar lá fora deve ficar ainda mais interessante. O HSBC prevê que 2014 termine com o dólar a 2,50 reais.

Os fundos multimercados podem investir até 20% de seu patrimônio no exterior, podendo ser abertos a qualquer tipo de investidor. Já os fundos que investem 100% dos seus recursos no exterior - mas que são sediados no Brasil – são voltados apenas para investidores superqualificados, isto é, que têm ao menos um milhão de reais em aplicações financeiras. Veja como funcionam os fundos multimercados que investem no exterior e conheça alguns desses fundos que vinham apresentando bom desempenho neste ano.

Tesouro Direto traz boas oportunidades

Com o juro e inflação altos, outro investimento que deve se destacar é a renda fixa atrelada à inflação. As Notas do Tesouro Nacional-série B (NTN-Bs) negociadas via Tesouro Direto atualmente pagam 6% ao ano acima da inflação, e com uma possível alta ainda maior da taxa básica de juros (Selic) no ano que vem, podem passar a oferecer juros ainda maiores. O HSBC projeta uma Selic em 10,5% no fim do ano que vem, e uma inflação de 6,4%, esbarrando no teto da meta do Banco Central que é de 6,5%.

“É um momento interessante para começar a montar posições em papéis de renda fixa de longo prazo que gerem esse juro real de 6% ao ano. O juro real brasileiro voltou a patamares semelhantes aos de 2008 a 2012, e existe oportunidade nele. Quando o ciclo de alta de juros americanos acontecer, o juro brasileiro pode voltar a cair”, diz Bastos, lembrando que quem investir em ativos atrelados à inflação agora vai garantir um juro real interessante quando a Selic voltar a cair, no futuro.


Bastos acredita que, para um jovem de 30 anos, por exemplo, NTN-Bs com vencimentos em 2035 e 2050 podem ser uma maneira formidável de formar uma boa poupança para o futuro. Mas quem optar por esse tipo de investimento deve tomar cuidado: com a perspectiva de alta de juros, papéis comprados agora prometendo um juro de 6% ao ano acima da inflação podem oscilar para baixo quando a Selic subir mais. Assim, é melhor carregar o investimento até o vencimento e comprar os novos títulos que paguem mais, do que vender o título antes do fim do prazo, podendo amargar perdas.

Bolsa vai ficar atrativa

O HSBC prevê um primeiro semestre cheio de volatilidade na Bolsa no ano que vem, mas acredita que o segundo semestre verá certa recuperação, pouco antes das eleições presidenciais. “Ficar fora da Bolsa nesses níveis não é recomendável. A Bolsa brasileira está ficando atraente. Acho que as eleições serão concorridas, com a oposição se organizando e a discussão de planos econômicos”, diz Pedro Bastos.

Para ele, os ativos brasileiros já incorporam e precificam boa parte das dificuldades econômicas do país, mas talvez não um possível rebaixamento da nota de risco de crédito do Brasil, que pode ocorrer no ano que vem. A recomendação do HSBC é a diversificação de estratégias de diferentes índices, como fundos referenciados no IBrX-100, fundos de dividendos e fundos de small caps (empresas de baixo valor de mercado).

Vídeo: Qual a maior ameaça ao meu dinheiro em 2014?

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