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Receita de banco com serviços cresce 15% no 1º semestre

Para a Febraban, aumento deve-se à ampliação do número de clientes e as tarifas médias estão caindo, quando se desconta a inflação

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Os seis bancos de capital aberto que já divulgaram seus números de primeiro semestre atingiram uma receita de prestação de serviços de 7,710 bilhões de reais. A cifra é 15% maior que os 6,706 bilhões do mesmo período do ano passado, segundo levantamento da consultoria Economática. Entraram na pesquisa os bancos Itaú Holding, Bradesco, Unibanco (todos com dados consolidados), Banespa, Besc e Banpara (sem dados consolidados).

A rubrica de prestações de serviços apresenta algumas variações entre os bancos, mas, em linhas gerais, envolve tarifas cobradas pela movimentação das contas correntes (como taxas de emissão de extratos e talões de cheques), emissão de cartões de crédito e administração de fundos de terceiros - serviço que mais cresceu desde a estabilização da economia.

Para Roberto Luis Troster, economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), não é correto atribuir o aumento das receitas apenas ao reajuste das tarifas cobradas pelos serviços. "A base de clientes também está crescendo, o que gera mais receitas", diz. Segundo Troster, um exemplo é o crescimento de 7,2% do número de contas correntes em 2003,para 71,5 milhões. Já a administração de recursos de terceiros (aplicações financeiras, por exemplo) cresceu 22,3%, para 762,7 bilhões de reais no ano passado.

"Se considerarmos esses números e descontarmos a inflação, veremos que a tarifa média para os clientes caiu", afirma Troster. Segundo ele, o maior número de clientes está permitindo ganhos de escala. Além disso, a tecnologia está barateando as transações. O economista afirma, por exemplo, que, nos Estados Unidos, uma Transferência Eletrônica Disponível (Ted) custa 15 dólares para o cliente, contra 11,27 reais no Brasil. Troster ressalva que, além da eficiência dos bancos brasileiros, a comparação é influenciada pelo custo da mão-de-obra americana.

Despesas

Desde que o Plano Real estabilizou, os bancos precisaram buscar fontes alternativas de receitas para gastos que antes eram cobertos pela correção monetária e pela própria inflação. A principal meta tem sido pagar as despesas administrativas (sobretudo as de pessoal) com a prestação de serviços. Para a analista de bancos Catarina Pedrosa, do banco de investimentos Banif, é difícil que esta tendência seja revertida. "Em todo o mundo, os serviços são pagos", diz.

Os bancos estão cada vez mais próximos de cobrir as despesas de pessoal com os recursos gerados pelos serviços. Segundo levantamento do Dieese com os 11 maiores bancos do Brasil, os serviços já cobriam 97% dos gastos com pessoal no ano passado. Em 1994, a porcentagem era de 25,4%. O destaque ficou para 2002, quando a proporção saltou dez pontos percentuais e alcançou o patamar de 91,1%.

No ano passado, as instituições obtiveram 23,917 bilhões de reais com serviços, contra 4,063 bilhões em 1994, primeiro ano do Plano Real. Já as despesas com pessoal subiram de 16,025 bilhõesde reais para 24,655 bilhões no mesmo período.

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