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As quatro formas mais comuns de comprar dólar para viajar

Conheça os prós e contras de usar travellers checks, dinheiro vivo, cartão de crédito ou Visa Travel Money

Dólares e euros: conheça 4 formas de comprar moeda estrangeira para viajar (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

São Paulo - Na hora de programar a viagem para o exterior, muita gente perde dinheiro por não saber qual é a melhor forma de fazer o câmbio de moedas. Quem leva só dinheiro em espécie sempre corre o risco de perder as cédulas ou ser roubado. Ao optar pelos gastos com cartão de crédito, o perigo é outro. Apesar dos recentes anos de estabilidade, muita gente toma um susto na hora de pagar a conta porque a conversão da moeda estrangeira para o real é feita só no dia do fechamento da fatura. Para evitar esses e outros problemas, o Portal EXAME explica as vantagens e desvantagens de quatro formas de levar dinheiro para o exterior em viagens:

Papel-moeda

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É o jeito mais antigo de levar dinheiro para outro país. A principal vantagem de comprar papel-moeda é saber o quanto será desembolsado pela conversão do real para o dólar na hora da troca, evitando surpresas futuras com as oscilações do câmbio. Essa também é uma forma de aproveitar momentos em que a moeda estrangeira está depreciada. A compra de dólar precisa ser justificada com viagem ao exterior, mas não é necessário ter a passagem ou o pacote já comprado para conseguir fechar a transação na casa de câmbio. Basta informar quando deverá ser realizada a viagem.

Pouca gente sabe que quem compra papel-moeda paga um pouco mais para fazer o câmbio porque há o custo da custódia das cédulas e do transporte com segurança. "O dinheiro em espécie é 0,01 real mais caro que as demais formas", diz o economista Fábio Gallo Garcia, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "Pode ser uma pequena margem, mas ela faz diferença para quem converte grandes quantias de dinheiro e não quer perder mais centavos do que o necessário."

A principal desvantagem é o risco de carregar no bolso todos os recursos das férias. Se o turista for roubado ou perder a carteira com todo o dinheiro dentro, não adianta chorar. Dificilmente o dinheiro será reembolsado. "Do valor total de dinheiro que se pretende levar, é aconselhável separar apenas 20% em espécie", recomenda Garcia.


Visa Travel Money

Uma forma interessante de levar dólar para o exterior é por meio do cartão Visa Travel Money, disponível no site http://www.cotacao.com.br. Essa opção funciona como um celular pré-pago. O cliente primeiro solicita a emissão do cartão e depois pode fazer recargas de 200 a 20.000 dólares, conforme necessário. Caso precise de mais dinheiro, é possível recarregar o cartão do Brasil ou do exterior por meio de uma transferência (DOC ou TED) para a casa de câmbio Cotação. A empresa reverterá os reais depositados em créditos de moeda estrangeira no cartão do viajante. Sem anuidade, esse cartão cobra uma taxa obrigatória de 0,38% de IOF (imposto sobre operações de câmbio) na hora da compra da moeda e o valor fixo de 2,50 dólares (2,50 euros na Europa) a cada saque de dinheiro feito em alguns dos quase 1 milhão de caixas eletrônicos disponíveis no exterior.|

Com o VTM, se o turista estiver em Pequim e precisar de dinheiro para pagar um táxi, a conversão de dólar para iene será feita automaticamente na hora do saque, considerando a cotação do momento. Não será cobrada taxa alguma além da do saque. O mesmo vale para quem pagar a conta de um restaurante em Paris com o cartão pré-pago - o valor gasto será debitado sem acréscimo. Por uma medida de segurança, o usuário sempre deverá digitar uma senha, evitando assim que o seu cartão seja clonado.

O VTM foi lançado no mercado brasileiro pelo Banco Rendimento em 2003 e já tem centenas de milhares de clientes. Esse tipo de cartão é interessante, por exemplo, para pais cujos filhos fazem intercâmbio no exterior. "Se o adolescente perder o cartão, em até 72 horas ele será restituído com outro. Além disso, a vantagem é que o pai poderá acompanhar o extrato online atualizado, controlando os gastos do seu filho quase que em tempo real", diz Alexandre Fialho, diretor de planejamento do Banco Rendimento. Outra vantagem é que se o câmbio disparar, o turista que já fechou a operação e tem dólares para gastar em seu cartão poderá curtir as férias tranquilo - sem se preocupar com a fatura que terá de ser paga na volta.

Cheques de viagem

A terceira forma de comprar dólar turismo são os Travellers Checks, ou cheques de viagem, que podem ser convertidos em dinheiro vivo em instituições financeiras. No site http://www.americanexpress.com/ondeusartc é possível localizar os postos de troca dos travellers. Dependendo do país, o valor da conversão para o papel-moeda pode chegar a 10%, taxa cobrada como comissão pelos bancos e casas de câmbio da Argentina, por exemplo.

Em média, os travellers saem 0,01 real mais baratos do que o dinheiro em espécie e, geralmente, estão equiparados com a cotação do Visa Travel Money. "Se a pessoa comprar uma quantia razoável de mil dólares, ela consegue um desconto sobre esse valor", indica Marlene Milan, diretora de câmbio do banco Bradesco. "O valor da cotação dos travellers varia de instituição para instituição. Por isso, vale checar os preços incansavelmente até fechar um bom negócio", diz Milan.


A maior vantagem dos cheques de viagem é a segurança proporcionada. Para evitar extravios, eles só podem ser utilizados com a assinatura e mediante a apresentação de documento de identificação do portador no caixa do banco. Em caso de roubos ou perdas, a American Express, única emissora no Brasil, reembolsa o cliente em até 48 horas.

A reclamação mais frequente de quem viaja para países específicos e compra cheques de viagem é que faltam opções de estabelecimentos de troca. "Recentemente, fui para a Turquia e tive dificuldade em encontrar um lugar onde eu pudesse trocar os meus travellers checks por dinheiro", conta a professora de macroeconomia da PUC-SP, Patrícia Cunha. "Exceto nos Estados Unidos, os travellers estão ficando ultrapassados. Há uma preferência clara no mercado global por dinheiro eletrônico", diz.

Cartão de crédito

Quem prefere não ter o trabalho de trocar os cheques de viagem no banco pode usar os cartões de crédito internacionais. Mas vale lembrar que essa decisão envolve risco. "Alguns cartões de crédito consideram a cotação do dia em que é realizada a compra. Isso dá uma noção para a pessoa do quanto ela está pagando pelo produto", explica Evaldo Alves, professor de Negócios Internacionais e Comércio Exterior da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo. "Mas outros cartões de crédito consideram a cotação no dia do fechamento da fatura. Aí o consumidor dá um tiro no escuro. Se o dólar subir depois do momento da compra, ele poderá ser surpreendido pelo valor pago no produto", diz.

Outra desvantagem do cartão é que as compras realizadas no exterior ficam sujeitas a uma alíquota de 2,38% de IOF sobre o valor gasto. Uma maneira de minimizar as despesas do cartão é contratar algum que inclua um plano de milhagens. Isso significa que, dependendo do caso, a cada dólar gasto no cartão o cliente acumula pontos que poderão ser trocados por diversos tipos de bens e serviços - de passagens aéreas a combustíveis e até revistas.

Na dúvida sobre qual é a melhor maneira de comprar dólar, especialistas em câmbio recomendam que sejam avaliados os seguintes critérios: destino, tempo de permanência no país, cotação do dólar e restrições orçamentárias. Ao ponderar sobre essas questões, cada um chegará à forma mais adequada para o seu perfil. Tomada a decisão, é só embarcar.

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