Quando devo começar a falar sobre dinheiro com meu filho?
Pais da internauta nunca falaram sobre finanças quando ela era criança, ao contrário dos pais de seu marido. Ela pergunta se deve mudar de atitude
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 10h49.
Dúvida da internauta: Durante a minha infância meus pais nunca falaram comigo sobredinheiro , enquanto na família do meu marido existia o hábito de falar sobre o tema nesse período até na hora das refeições.
Agora que formamos umafamília ele procura conversar abertamente sobre o assunto com nossos filhos. Mas eu prefiro que o diálogo sobre o tema não inclua as crianças.
Quem está certo? Devo mudar minha atitude? Será que não vou prejudicar a relação com os meus filhos se começar a falar sobre dinheiro desde cedo?
Resposta de Celina Macedo*
A vida financeira da família é formada não apenas por dinheiro e bens materiais, mas também por atitudes e sentimentos que são consequência da educação recebida dos pais.
Por isso, agora que vocês formam uma família, vejo de forma muito positiva a sua atitude de questionar se deve falar sobre dinheiro com seus filhos desde cedo.
Poucos pais e mães percebem a importância da educação financeira na vida dos filhos e na vida da família.
Os primeiros ensinamentos sobre dinheiro devem ser recebidos pela família. Por isso, um dos erros comuns dos pais é não falar sobre assunto com os filhos.
Os pais devem explicar abertamente como ganham dinheiro e quais são suas prioridades financeiras.
Quanto mais cedo os filhos conhecerem o esforço e a dinâmica para administrar as contas da casa, mais rápido irão dar valor ao dinheiro e compreenderão que é preciso trabalhar, se esforçar e planejar para atingir objetivos.
Comece falando sobre as contas que precisam ser pagas mensalmente, como água, luz, internet e telefone. Explique que se vocês economizarem pequenas quantidades de dinheiro sobra mais no fim do mês para ir ao cinema, por exemplo.
Contem também se têm alguma prestação, do carro ou da casa, por exemplo, e mostre que vocês precisam gastar um valor por mês com a dívida e que, para isso, precisam se planejar.
Fale também de algo legal que vocês conseguiram economizando dinheiro, como uma viagem em família ou uma televisão nova, e comemorem com os filhos esses sucessos.
Aos poucos vocês vão conhecendo melhor como seus filhos reagem ao falar sobre dinheiro e devem adaptar essas conversas ao perfil da família.
O diálogo sobre o tema pode ser iniciado durante o almoço. Aproveite que o seu marido tem essa experiência para compartilhar.
Minha dica é tratar o dinheiro como um assunto natural. Afinal, o assunto vai acompanhar seus filhos por toda a vida.
Quanto mais cedo e mais próxima for a relação deles com o dinheiro, mais tranquilidade e independência financeira eles terão no futuro.
Devo pedir ao meu filho que ajude nas despesas de casa?
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*Celina Macedo é doutora em Linguística com pós-doutorado em Psicologia Cognitiva pela Université Libre de Bruxelas, onde trabalhou com as Percepções Subliminares do Dinheiro. É professora do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), conselheira do Instituto de Educação Financeira e autora do livro “Filhos: seu melhor investimento” (Campus/Elsevier).
Dúvidas, observações e críticas sobre essa resposta? Comente abaixo!
Envie outras perguntas sobre educação financeira dos filhos para seudinheiro_exame@abril.com.br.
Dúvida da internauta: Durante a minha infância meus pais nunca falaram comigo sobredinheiro , enquanto na família do meu marido existia o hábito de falar sobre o tema nesse período até na hora das refeições.
Agora que formamos umafamília ele procura conversar abertamente sobre o assunto com nossos filhos. Mas eu prefiro que o diálogo sobre o tema não inclua as crianças.
Quem está certo? Devo mudar minha atitude? Será que não vou prejudicar a relação com os meus filhos se começar a falar sobre dinheiro desde cedo?
Resposta de Celina Macedo*
A vida financeira da família é formada não apenas por dinheiro e bens materiais, mas também por atitudes e sentimentos que são consequência da educação recebida dos pais.
Por isso, agora que vocês formam uma família, vejo de forma muito positiva a sua atitude de questionar se deve falar sobre dinheiro com seus filhos desde cedo.
Poucos pais e mães percebem a importância da educação financeira na vida dos filhos e na vida da família.
Os primeiros ensinamentos sobre dinheiro devem ser recebidos pela família. Por isso, um dos erros comuns dos pais é não falar sobre assunto com os filhos.
Os pais devem explicar abertamente como ganham dinheiro e quais são suas prioridades financeiras.
Quanto mais cedo os filhos conhecerem o esforço e a dinâmica para administrar as contas da casa, mais rápido irão dar valor ao dinheiro e compreenderão que é preciso trabalhar, se esforçar e planejar para atingir objetivos.
Comece falando sobre as contas que precisam ser pagas mensalmente, como água, luz, internet e telefone. Explique que se vocês economizarem pequenas quantidades de dinheiro sobra mais no fim do mês para ir ao cinema, por exemplo.
Contem também se têm alguma prestação, do carro ou da casa, por exemplo, e mostre que vocês precisam gastar um valor por mês com a dívida e que, para isso, precisam se planejar.
Fale também de algo legal que vocês conseguiram economizando dinheiro, como uma viagem em família ou uma televisão nova, e comemorem com os filhos esses sucessos.
Aos poucos vocês vão conhecendo melhor como seus filhos reagem ao falar sobre dinheiro e devem adaptar essas conversas ao perfil da família.
O diálogo sobre o tema pode ser iniciado durante o almoço. Aproveite que o seu marido tem essa experiência para compartilhar.
Minha dica é tratar o dinheiro como um assunto natural. Afinal, o assunto vai acompanhar seus filhos por toda a vida.
Quanto mais cedo e mais próxima for a relação deles com o dinheiro, mais tranquilidade e independência financeira eles terão no futuro.
Devo pedir ao meu filho que ajude nas despesas de casa?
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*Celina Macedo é doutora em Linguística com pós-doutorado em Psicologia Cognitiva pela Université Libre de Bruxelas, onde trabalhou com as Percepções Subliminares do Dinheiro. É professora do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), conselheira do Instituto de Educação Financeira e autora do livro “Filhos: seu melhor investimento” (Campus/Elsevier).
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