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Qual título do Tesouro Direto tem menor risco?

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 (Thinkstock/mtreasure/Thinkstock)

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Publicado em 25 de novembro de 2018 às 07h00.

Última atualização em 25 de novembro de 2018 às 07h00.

Pergunta da leitora: Quero investir R$ 24 mil no Tesouro Direto. Qual o título com menor risco? Vou precisar pagar Imposto de Renda?

Resposta de Marcela Kawauti*:

O Tesouro Direto é uma plataforma para investir em títulos de renda fixa, que permite ao investidor emprestar dinheiro para o governo brasileiro financiar a dívida pública e os gastos com saúde, educação e infraestrutura, por exemplo. Em troca, o investidor recebe no futuro os juros pelo empréstimo feito.

Como o investimento é emitido pelo governo e a chance de um país quebrar é mínima, ele tem baixíssimo risco. Apesar disso, os títulos do programa apresentam diferentes tipos de rentabilidade e prazos de vencimento, de forma que cada papel atende melhor a um objetivo específico de investimento – e você precisa ficar atento a isso na hora de fazer sua escolha.

Caso a intenção seja manter uma aplicação para o curto prazo, como uma reserva de emergência, na qual pode ser necessário retirar o dinheiro a qualquer momento, o Tesouro Selic é a melhor opção. Como esse título tem o rendimento atrelado à taxa básica de juros da economia, ele possui baixa volatilidade. É considerado o mais conservador entre os títulos do Tesouro Direto e garante que você não tenha prejuízo caso precise tirar o dinheiro antes do vencimento do papel.

No caso de investimentos com maior tempo de duração, pode-se optar tanto pelo título pré-fixado – que permite saber exatamente quanto receberá no vencimento do papel – quanto pelo Tesouro IPCA+ – que paga uma taxa de juros anual acrescida da inflação oficial do período, assegurando que o dinheiro aplicado no longo prazo tenha sempre um rendimento real, acima da inflação. No caso desses dois últimos papéis, é importante prestar atenção na data de vencimento no momento da compra, porque, caso você opte por resgatar a quantia antecipadamente, pode acabar tendo prejuízo.

Um ponto negativo do Tesouro Direto é que há cobrança de Imposto de Renda sobre os rendimentos, mas a alíquota é menor quanto maior for o tempo da aplicação. Dessa forma, ela pode variar de 22,50% sobre o rendimento – caso você mantenha a aplicação até 180 dias – a 15% – para aplicações superiores a 720 dias.

Vale dizer que, para investir no Tesouro Direto, há ainda outros custos adicionais. É preciso pagar uma taxa de custódia de 0,30% ao ano sobre o valor do título para a BM&FBovespa e algumas instituições financeiras que cobram uma taxa do investidor. Portanto, fique atento na hora de decidir qual corretora escolher.

*Marcela Kawauti é economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e colabora com o portal Meu Bolso Feliz.

Envie suas dúvidas sobre investimentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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