Invest

Procon quer proibir pagamento de delivery na entrega

A medida visa inibir os golpes aplicados pelos entregadores, conhecido como “golpe da maquininha”

Segundo o Procon-SP,  foi registrado um aumento de mais de 136% nas reclamações sobre golpes aplicados por entregadores de apps de comida (Leandro Fonseca/Exame)

Segundo o Procon-SP,  foi registrado um aumento de mais de 136% nas reclamações sobre golpes aplicados por entregadores de apps de comida (Leandro Fonseca/Exame)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 30 de julho de 2021 às 11h08.

Última atualização em 30 de julho de 2021 às 11h08.

O Procon-SP estuda medidas para que as empresas responsáveis pelos aplicativos de delivery estabeleçam que os pagamentos sejam feitos apenas de forma online – cobranças no ato da entrega ficariam proibidas. A medida visa inibir os golpes aplicados pelos entregadores, conhecido como “golpe da maquininha”.

Segundo o Procon-SP,  foi registrado um aumento de mais de 136% nas reclamações sobre golpes aplicados por entregadores de apps de comida. De janeiro a julho deste ano, foram registrados 341 atendimentos contra as empresas Ifood, Rappi e Uber Eats, no mesmo período do ano passado foram 144. Até o mês de julho deste ano, Ifood teve 123 reclamações, Rappi, 124 e Uber Eats, 94. 

Os valores reclamados pelos consumidores ultrapassam 1,3 milhão de reais. Até julho deste ano, a soma dos valores foi de mais de 650 mil reais, sendo 289 mil do Ifood, 253 mil do Rappi e 110 mil do UberEats. No mesmo período de 2020, esse valor foi de mais de 695 mil – 437 mil do Ifood, 232 mil do Rappi e 25 mil do UberEats. 

Os consumidores reclamam que os valores debitados no cartão são superiores ao preço correto e que só percebem o golpe após a entrega ter sido feita e o pagamento ter sido efetivado. Questionam ainda que, apesar de reclamarem com a empresa responsável, não conseguem reaver os valores.

“Diante da explosão de golpes aplicados na entrega de mercadorias por delivery, o Procon-SP estuda medidas para que as empresas proíbam qualquer tipo de cobrança por cartão no ato da entrega”, afirma Fernando Capez, diretor-executivo do Procon-SP. 

Ele acrescenta ainda que como medida de prevenção, o Procon-SP já vem orientando os consumidores a efetuarem os pagamentos de forma online e nunca no momento da entrega, de modo que o contato entre cliente e entregador seja exclusivamente para receber a mercadoria. 

Dicas para evitar cair no golpe

Veja dicas para não ser vítima do golpe da maquinhinha:

  • O consumidor deve estar atento ao receber as entregas dos aplicativos de comida
  • Conferir o valor da compra e, de preferência, pagar somente no aplicativo
  • Nunca entregar o cartão
  • Não utilizar máquina com o visor quebrado ou que não permita a leitura dos dados
  • Não passar os seus dados por telefone
  • Desconfiar caso o entregador informe que é necessário pagar algum valor extra
  • Em caso de dúvida ou ocorrência diferente, deve entrar em contato com o local onde pediu a comida
Acompanhe tudo sobre:Appscomida-e-bebidaConsumidoresDeliverydireito-do-consumidoriFoodProconRappiUber

Mais de Invest

Amil e Dasa recebem aval do Cade para criarem rede de hospitais e clínicas

Bolsa Família 2025: governo divulga calendário para o próximo ano; veja as datas

Fundador do Telegram anuncia lucro líquido pela primeira vez em 2024

Banco Central fará leilão à vista de até US$ 3 bi na quinta-feira