A carteira de investimentos dos fundos de previdência privada cresceu 25,8% no primeiro semestre, em relação a igual período do ano passado, atingindo 70 bilhões de reais. Os planos tradicionais mantiveram a liderança da carteira, com 42% do total, seguidos pelo VGBL (31%), PGBL (26%) e Fapi (1%).

De acordo com a Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp), a expansão foi sustentada pelo aumento das reservas (os recursos acumulados pelos depositantes em seus planos). O volume das reservas subiu 28,6% na mesma comparação e somou 67,1 bilhões de reais. Os planos tradicionais responderam por 40% do total das reservas, o VGBL (32%), PGBL (27%) e o Fapi (1%).

O desempenho positivo, porém, não se repetiu na captação líquida de recursos. No semestre, os fundos captaram 8,1 bilhões de reais uma queda de 5,29% sobre o mesmo período de 2004. O resultado foi prejudicado pela retração de 17,7% no volume de captação dos planos PGBL, que recuaram de 2,4 bilhões para 1,9 bilhão na comparação. Mesmo os planos VGBL, que lideraram o volume captado (4,3 bilhões de reais) registraram queda de 2,4%. Os planos tradicionais, no entanto, cresceram 2,63%, para 1,8 bilhão.

O número de beneficiários do sistema privado de previdência aqueles que já estão recebendo o benefício de seus planos cresceu 13,2% no semestre e alcançou 251 772 pessoas. O semestre terminou com 6,983 milhões de planos individuais e 130 616 planos corporativos indicando incrementos de 2,1% e 31,6%, respectivamente.

Perspectivas

Segundo o presidente da Anapp, Osvaldo do Nascimento, a queda da captação líquida foi momentânea e refletiu as indefinições quanto ao regime tributário e aos prazos de adesão, que persistiram entre janeiro e maio deste ano.

"Constatamos uma clara volta à normalidade", diz. Em junho, por exemplo, as contribuições somaram 1,6 bilhão de reais, o equivalente a uma alta de 20% em relação a maio e de 10% sobre junho do ano passado.

O VGBL liderou as captações no mês retrasado, com 964,8 milhões de reais (alta de 37,85% sobre maio). Em seguida, vieram o PGBL, com 340,1 milhões (6% maior); e os planos tradicionais, com 288,5 milhões (queda de 2,5%).