Pela segunda vez consecutiva, a Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil, fechou o ano com um resultado deficitário. No ano passado, o déficit registrado foi de 1,57 bilhão de reais - o total acumulado desde 2001 é de 3,62 bilhões (valor que corresponde à diferença entre o ativo e a passivo do fundo). O resultado foi divulgado na tarde desta quarta-feira pelo presidente da Previ, Sérgio Rosa, na sede do fundo, no Rio de Janeiro.

Rosa atribuiu o resultado negativo ao desempenho ruim da economia em 2002. A carteira de renda fixa sofreu o efeito da marcação a mercado de parte dos títulos, e a carteira de renda variável - que representa 58% dos investimentos da Previ -- teve um desempenho abaixo do esperado. Ainda assim, os ativos do fundo tiveram um crescimento de 15% em relação a 2001, atingindo a 43,5 bilhões de reais. A rentabilidade média da carteira de investimentos foi de 22,49%. Já o passivo da Previ somou 47,2 bilhões de reais, dos quais 36,1 bilhões se destinam ao pagamento dos benefícios a aposentados e pensionistas.

O presidente da Previ afirmou ainda que o fundo disputa na Justiça com o Banco do Brasil um fundo que soma 4,2 bilhões de reais. Com esses recursos em caixa, teríamos fechado com um resultado positivo , disse Rosa. Uma reavaliação da participação da Previ na Vale do Rio Doce no ano passado também foi responsável por uma diferença grande nos números do fundo de pensão. Graças à revisão do valor das ações do fundo na mineradora, o déficit foi reduzido em 5,7 bilhões de reais.