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Poupança tem entrada líquida recorde de R$ 84,4 bilhões no 1º semestre

A despeito de seu baixo rendimento, há competitividade na poupança, que é isenta de imposto de renda na comparação com alternativas da renda fixa

Dinheiro: com a taxa básica de juro em 2,25% ao ano, a remuneração da poupança fica em 1,575% em 12 meses (Rmcarvalho/Getty Images)

Dinheiro: com a taxa básica de juro em 2,25% ao ano, a remuneração da poupança fica em 1,575% em 12 meses (Rmcarvalho/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 6 de julho de 2020 às 16h15.

Última atualização em 6 de julho de 2020 às 17h03.

A tradicional caderneta de poupança fechou o primeiro semestre com captação líquida de 84,435 bilhões de reais, um recorde histórico para o período, após os ingressos em junho terem somado 20,5 bilhões de reais.

O resultado em junho também foi o maior para o período da série histórica iniciada em 1995, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira.

No mês, os depósitos superaram os saques em 14,435 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto na poupança rural houve entrada de 6,099 bilhões de reais.

A poupança tem registrado fortes captações em meio à bilionária liberação de recursos pelo governo no âmbito do auxílio emergencial. Até o momento, já foram pagos 121,79 bilhões de reais nessa frente, conforme painel de monitoramento do Tesouro.

A nova realidade de juros básicos no país também tem dado alguma competitividade à poupança, que é isenta de imposto de renda, na comparação com alternativas tradicionais da renda fixa que são referenciadas na Selic, mas pagam impostos.

Isso tem ocorrido a despeito do baixo rendimento da poupança. Por lei, toda vez que a Selic for igual ou inferior a 8,5%, a remuneração da poupança passa a ser de 70% da Selic acrescida da Taxa Referencial (TR), que atualmente está zerada.

Com a taxa básica de juro em 2,25% ao ano, a remuneração da poupança fica em 1,575% em 12 meses.

Na semana passada, o diretor de política econômica do BC, Fabio Kanczuk, afirmou que a preocupação da autoridade monetária quanto ao limite para os juros básicos estava hoje mais ligada à indústria de fundos e realocação grande para a poupança, o que poderia gerar outras ineficiências econômicas.

Em maio, ele havia dito que a preocupação com o limite para os juros era mais associada ao que poderia acontecer com o câmbio, num momento em que o dólar rodava em nível mais alto sobre o real.

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