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Plataforma Warren vai permitir outras aplicações além de fundos

Novidade será para o público wealth, com pelo menos 100 mil reais disponíveis para investimento. Fintech quer chegar aos 50 mil clientes em 2018

Os sócios da Warren Tito Gusmão, André Gusmão, Marcelo Maisonnave e Rodrigo Grundig (da esquerda para a direita): fintech já atende 50 mil clientes (Warren/Divulgação)

Anderson Figo

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 11h37.

Última atualização em 29 de novembro de 2017 às 11h43.

São Paulo — Com 20 mil clientes e 100 milhões de reais sob custódia, a plataforma onlineWarren se prepara para dar um novo passo: em janeiro, a fintech vai permitir que seus clientes apliquem em outros produtos de investimento, como CDBs , LCIs e LCAs , além de seus próprios fundos .

A novidade só é possível porque a Warren comprou, em agosto deste ano, a corretora gaúcha Pilla, com investimento previsto na casa dos 10 milhões de reais. O objetivo é ter acesso ao público wealth (com maior volume de recursos disponíveis para aplicação ) e, assim, ampliar a base de clientes para 50 mil em 2018, com um bilhão de reais sob custódia. Para fazer aplicações em produtos de terceiros através da Warren, os clientes terão de ter pelo menos 100 mil reais à disposição.

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“O procedimento é o mesmo para todo mundo. A pessoa acessa a plataforma, cria um objetivo e o robô vai montar a caixinha de investimentos ideal de acordo com o dinheiro disponível. Se for mais de 100 mil reais, o cliente terá acesso ao portfólio completo de produtos. Se for menos que isso, ficará nos nossos fundos”, explica Tito Gusmão, um dos sócios da Warren.

“As caixinhas são personalizáveis, então o cliente vai conseguir incluir ou retirar de sua carteira os produtos específicos que ele deseja”, completa Gusmão. O preço da aplicação cobrado pela Warren para o público wealth será o mesmo dos clientes com menos recursos: 0,8% ao ano sobre o valor investido.

“A diferença é que o público wealth, se aplicar em produtos de terceiros que cobram taxa de gestão, terão esse custo a mais. Nós vamos abrir mão do chamado ‘rebate’, o percentual da taxa que fica com as instituições intermediadoras. Queremos garantir a transparência aos clientes. Se a gente recebesse comissão por vender produtos, tanto nossos quanto de terceiros, correríamos o risco de cair na venda enviesada, perdendo credibilidade e nos igualando às corretoras que atuam hoje no mercado”, afirma Gusmão.

A expectativa da Warren é de que pelo menos 10 mil clientes wealth venham para sua plataforma online no próximo ano. “Nosso foco continua sendo os millennials. Esse é o público que consome as novas tecnologias e ‘evangeliza’ as pessoas ao seu redor. Os jovens estão mostrando a Warren para seus pais, que são um público com maior renda e já acostumado a ter várias opções de investimento nos bancos. Se eles estiverem a fim de testar a nossa plataforma, agora vão poder ter acesso às aplicações que já conhecem.”

Warren: Fundos da gestora têm taxa de 0,8% ao ano (Warren/Divulgação)

 

 

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