Depois do CPF, chaves mais cadastradas são email, número de telefone e a chave aleatória (Rafael Henrique/SOPA/Getty Images)
Marília Almeida
Publicado em 4 de novembro de 2020 às 12h41.
O CPF é a principal chave cadastrada no Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central. É o que mostra um estudo feito pela Toluna e divulgado para a EXAME, com 831 pessoas de todas as regiões do país. Entre os entrevistados, 48% diz ter cadastrado o CPF, 34% o email, 31% registrou o número de telefone e 16% cadastrou a chave aleatória.
A pesquisa também constatou que 77% dos entrevistados já sabe o que é o Pix, 71% dos pesquisados recebeu informação de seu banco sobre o Pix e 69% afirmam ter visto informações sobre o novo sistema na imprensa.
"O resultado me surpreendeu. Maior renda indica maior conhecimento, mas mesmo nas faixas de menor renda temos 70% de respondentes que conhecem o sistema.”, analisa o professor William Eid Junior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas.
Com o início do cadastramento das chaves Pix pelos bancos, os clientes receberam comunicados para efetuar o registro de seus dados. Entre os entrevistados, 55% responderam que já cadastraram seus dados. Já 44% disseram que ainda não fizeram o registro.
Os entrevistados que não cadastraram a chave Pix foram questionados sobre o motivo: 58% disse que cadastrará depois, 18% disse não saber como cadastrar, 12% disse não confiar em informar seus dados e 12% respondeu que não pretende cadastrar. "Outro dado interessante: só 22% dos respondentes têm conta em um banco. O Brasil tem 400 milhões de contas, segundo o Banco Central, mas só 100 milhões de bancarizados. A resposta confirma: as pessoas têm mais de uma conta", conclui Eid.
A pesquisa da Toluna foi realizada entre os dias 14 e 16 de outubro, com pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês. O estudo foi feito com pessoas acima de 18 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de margem de confiança.