Quer viajar em 2022? Passagem chega a R$ 7 mil. Veja como economizar
Demanda se recupera com avanço da vacinação contra o coronavírus no país e valores de trechos sobem até 115%
Marília Almeida
Publicado em 17 de dezembro de 2021 às 06h35.
Última atualização em 17 de dezembro de 2021 às 07h39.
13º salário na mão, férias de verão chegando e pandemia com queda consistente no número de casos. Se o seu desejo é finalmente fazer aquela viagem adiada há quase dois anos, será preciso preparar o bolso.
Com a demanda em alta e a oferta ainda se ajustando, os preços de passagens aéreas e de hospedagem dispararam no Brasil e no mundo.
O buscador de voos Viajala preparou um ranking do preço médio dos bilhetes nos destinos internacionais mais buscados para a alta temporada, entre os meses de dezembro e fevereiro. O resultado: preços bem mais altos em relação à média histórica. Entre os destinos nacionais, houve aumento de até 78% nos preços dos bilhetes.
Já em voos para o exterior os preços subiram até 115%.
Os valores foram pesquisados entre os dias 1º de novembro e 10 de dezembro e se referem a voos de ida e volta, por pessoa, para diferentes destinos domésticos e internacionais, saindo de São Paulo. Veja abaixo:
Destinos no exterior
Destino | Preço médio |
Paris | R$ 6.998 |
Dubai | R$ 6.558 |
Porto | R$ 6.394 |
Londres | R$ 6.273 |
Lisboa | R$ 6.264 |
Orlando | R$ 4.201 |
Lima | R$ 4.000 |
Cancún | R$ 3.959 |
Buenos Aires | R$ 2.102 |
La Paz | R$ 1.946 |
A cidade com bilhetes mais caros é Paris, para a qual as passagens custam em média R$ 6.998. Já a passagem mais barata é para La Paz, capital da Bolívia, para a qual é possível viajar por R$ 1.946.
Destinos nacionais
Entre os destinos nacionais mais buscados, os mais caros são João Pessoa, Aracaju e Natal, ou seja, três capitais do Nordeste. Já os mais baratos são Rio de Janeiro, Vitória e Porto Alegre.
Destino | Preço médio |
João Pessoa | R$ 1.613 |
Aracaju | R$ 1.485 |
Natal | R$ 1.409 |
Maceió | R$ 1.389 |
Recife | R$ 1.237 |
Fortaleza | R$ 1.274 |
Salvador | R$ 1.035 |
Porto Alegre | R$ 824 |
Vitória | R$ 767 |
Rio de Janeiro | R$ 524 |
É importante um esclarecimento: quem procurar um voo de São Paulo para algum dos destinos da pesquisa agora não irá necessariamente encontrar esses preços. Os valores são uma média do que foi encontrado ao longo dos 40 dias do levantamento e variam de acordo com a data, o horário, o número de escalas e a companhia aérea.
Rotas que mais subiram de preço
As rotas nacionais que ficaram mais caras com a chegada do fim do ano, segundo a pesquisa, são as das capitais mais populares do Nordeste para a época: Recife, Natal, Fortaleza, João Pessoa, Salvador e Maceió.
Porto Alegre também figura entre as mais buscadas e costuma subir de preço, uma vez que fica perto de Gramado e a Serra Gaúcha, que estão na alta temporada. No ano passado, devido à Covid-19, não houve o Natal Luz em Gramado. Com o anúncio de que haverá neste ano, o turismo local se reaqueceu, assim como os preços.
Rotas | Aumento |
São Paulo - Porto Seguro | 78% |
Rio de Janeiro - Fortaleza | 70% |
Porto Alegre - São Paulo | 68% |
São Paulo - Fortaleza | 64% |
Rio de Janeiro - Salvador | 58% |
Rio de Janeiro - Porto Alegre | 52% |
Porto Alegre - Rio de Janeiro | 49% |
São Paulo - Salvador | 41% |
Rio de Janeiro - João Pessoa | 40% |
São Paulo - João Pessoa | 40% |
Brasília - Fortaleza | 40% |
São Paulo - Maceió | 39% |
São Paulo - Natal | 32% |
Natal - Rio de Janeiro | 32% |
São Paulo - Recife | 31% |
Thomas Allier, CEO e um dos fundadores do Viajala, explica que os preços das passagens nacionais vêm subindo desde que a vacinação começou a avançar no país, entre maio e junho deste ano.
Já os preços dos voos internacionais ficaram estáveis por mais tempo. Uma possível justificativa é que a maior parte dos países estrangeiros favoritos para o turista brasileiro (especialmente nos Estados Unidos e na Europa) estava fechados para brasileiros desde a segunda onda de covid-19, nos meses de março e abril.
Mas, nos três últimos meses, com os anúncios sucessivos de reabertura de fronteiras, os brasileiros voltaram a buscar voos internacionais e isso passou a se refletir nos preços, que também passaram a subir.
Os preços médios já registram um aumento de 20% entre agosto e novembro em comparação com o mesmo período de 2020.
Rotas | Aumento |
Brasília - Lisboa | 115% |
São Paulo - Buenos Aires | 104% |
Rio de Janeiro - Lisboa | 89% |
Belo Horizonte - Miami - | 68% |
São Paulo - Lisboa | 64% |
São Paulo - Paris | 60% |
São Paulo - Londres | 56% |
São Paulo - Cancún | 53% |
São Paulo - Porto | 39% |
São Paulo - Orlando | 23% |
Por que os preços subiram tanto?
Muitos fatores influenciam nos preços das passagens: a alta do dólar é uma delas, bem como o encarecimento dos combustíveis. Isso tudo acontece em meio ao forte retorno da demanda de viagens. O movimento de pessoas que estão voltando a viajar encontra uma oferta com rotas que ficaram paradas na pandemia e que apenas gradualmente normaliza a frequência de voos.
Como a oferta de voos está voltando a aumentar, os preços dos bilhetes podem começar a cair, ou pelo menos, não subir tanto daqui para frente. Mas isso vai depender do controle da pandemia e da manutenção da demanda.
Como economizar
O fim do ano é a época mais cara para viajar, com ou sem pandemia. De qualquer forma, é possível economizar. Algumas recomendações são:
- Não deixe para reservar o hotel em cima da hora. Isso porque as opções são limitadas e, conforme os quartos com preços mais baixos vão se esgotando, sobram apenas os de custo bem mais alto.
- Evite viajar em datas muito próximas aos eventos de fim de ano, momento em que tanto a hospedagem quanto as passagens serão mais caras. Quem tiver flexibilidade e puder fazer pesquisas em datas alternativas vai economizar.
- Procure rotas menos concorridas para a época. Se a maioria dos turistas prefere destinos do Nordeste ou o Natal Luz de Gramado, na Serra Gaúcha,, pode ser um bom momento para conhecer Belo Horizonte, Curitiba, Belém, Manaus, Bonito (no Mato Grosso do Sul), serras como a da Canastra, chapadas como a das Mesas e a dos Veadeiros, etc. Rotas alternativas proporcionam menos gastos e também menos aglomeração.
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