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Os sites estrangeiros de compras que ajudam a economizar

Pode valer a pena comprar bens de consumo pela internet, mas brasileiro deve estar atento às despesas com frete e impostos

Taxas e impostos podem fazer com que a aparente vantagem de comprar no exterior se transforme em prejuízo (Stock Exchange)

Taxas e impostos podem fazer com que a aparente vantagem de comprar no exterior se transforme em prejuízo (Stock Exchange)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 17h31.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 17h00.

São Paulo - O Brasil desponta na América Latina como o mercado de maior penetração dos sites online. Segundo levantamento recente da empresa de métricas online comScore, 94% dos consumidores do país terminam a visita aos endereços de comércio eletrônico com o carrinho cheio. Desses, nada menos que 42% preferem os sites internacionais. Com o dólar barato, comprar lá fora e receber a encomenda na comodidade de casa vem conquistando cada vez mais brasileiros. E se a proximidade do Natal evoca filas e shoppings abarrotados, os sites de compras no exterior viram aliados de quem busca garimpar bons preços sem suar a camisa.

À primeira vista, o negócio parece realmente imperdível. Uma câmera 12.2 Fujifilm FinePix S1800, por exemplo, sai por até 1.300 reais quando comprada no país. Na Amazon, ela vale a partir de 151,25 dólares - ou 256,80 reais pelo câmbio de hoje. No entanto, somam-se a esse valor o preço do frete (43,97 dólares), mais os impostos que a Amazon estima que serão cobrados no Brasil (186,36 dólares). Como a empresa trabalha com o serviço de courier, ela já embute os tributos no total da compra, prometendo devolver o excedente mais tarde. No frigir dos ovos, o produto pode ser levado por 382,28 dólares, ou quase 650 reais - mais de duas vezes e meia o inicialmente estimado, é verdade, mas ainda assim mais barato que no Brasil.

Por isso, quem pretende incursar no mundo das compras no exterior deve ter o cartão de crédito internacional em mãos e os impostos que incidem sobre o valor total da aquisição em mente. A Receita Federal cobra uma alíquota de 60% sobre os produtos e bens recebidos. O percentual é aplicado sobre o valor total da encomenda, isto é, sobre o produto e o custo do envio (frete e eventuais taxas de entrega e seguro) juntos. Quando a remessa é feita pelos Correios, a encomenda é retida em uma unidade do serviço postal e o destinatário é notificado por telegrama. Para liberar o produto, basta comparecer ao local, pagar o imposto e levar o item para casa. O limite para a compra é de 3.000 dólares.

Alguns bens acabam escapando à taxação em função do volume de material que aporta no país. Em geral, são pacotes menores e que chamam menos a atenção. De qualquer forma, esta não é a regra. Portanto, esteja preparado para o desembolso para não ter surpresas depois. A exceção fica por conta de remessas de até 50 dólares, que são livres de impostos, mas apenas quando enviadas por uma pessoa física. Livros, jornais e remédios tampouco são tributados.

Para os medicamentos, é necessário apresentar a receita aos Correios. No caso de softwares, a alíquota de 60% só incide sobre o que é palpável. Isso significa que se o preço do produto for 300 dólares, mas o CD custar apenas 10 dólares, o imposto recairá sobre este último valor. No entanto, a Receita lembra que o custo do chamado "meio físico" deve vir discriminado separadamente na nota fiscal. Do contrário, todo o valor da compra será considerado para efeitos de tributação.


Quando a entrega é feita por empresas de courier, como acontece no caso da Amazon, o pagamento do imposto é realizado pela própria companhia. Por isso, esse valor é cobrado com antecipação, no momento que o consumidor fecha a compra. Diferente do que acontece quando a entrega é feita pelos Correios, nesse caso também há incidência de ICMS com alíquotas que variam em cada estado. Em São Paulo, esse valor é de 18%.

Se o intuito é abastecer a árvore de Natal, no entanto, o consumidor pode passar a data de mãos abanando. Em geral, os produtos demoram de duas a quatro semanas para chegar ao país. Se ficarem retidos na Receita, é possível que esse prazo se estenda ainda mais. Para tirar o cliente do escuro, alguns sites disponibilizam o serviço de rastreamento para a compra. Embora implique em um gasto maior, o serviço esclarece a que pé anda o processo de entrega com o fornecimento de um código. Caso a encomenda demore muito, a recomendação é entrar em contato com o atendimento ao consumidor do site para pedir o estorno do valor da compra no cartão de crédito ou o reenvio do produto.

Confira alguns dos sites no exterior mais procurados pelos brasileiros para compras na internet:

- BrandsMart
Uma das maiores distribuidoras de eletrônicos nos Estados Unidos fechou recentemente uma parceria com a PuntoMio para vender para o Brasil. Os itens já aparecem com preços em reais, com custo do transporte incluído, bem como impostos, taxas de importação e prazo de entrega.
- Sears
Artigos de casa, beleza, roupas, eletrônicos, jóias, sapatos e brinquedos. A gama de serviços ofertados na Sears é grande e a loja promete desconto de 20% na taxa de entrega para compras acima de 250 reais na promoção de Ano Novo.
- eBay
Bastante conhecido pelos consumidores brasileiros, o forte do eBay é a barganha com o sistema de leilão. Funcionando de maneira análoga ao nosso Mercado Livre, o endereço reúne uma grande quantidade de mercadorias e vendedores que enviam para o Brasil com condições de remessa diferenciadas.
- Perfumeland
Com promoções e perfumes importados a partir de 25 reais, o site apresenta uma incrível variedade de marcas da maior loja de perfumes do mundo. O endereço físico do estabelecimento fica em Orlando, nos EUA. Mas os mais de 5.000 perfumes já podem ser adquiridos pelos brasileiros pela internet. O site tem navegação em português.
- BH Photo
Especializado em equipamentos para profissionais, a BH Photo é conhecida como a maior vendedora de câmeras fotográficas e de vídeo nos Estados Unidos. O site não deixa por menos e comercializa toda a sorte de produtos encontrados nas lojas físicas, sendo que as remessas são feitas tanto pelas empresas de courier FedEx e UPS, como pelo serviço de Correios dos EUA (USPS).
- UrbanOutfitters
Conhecida pela oferta de roupas para homens, mulheres e crianças, a UrbanOutfitters também comercializa artigos de beleza e itens para casa. A seção promocional conta com peças abaixo de 10 dólares, mesmo valor da taxa de entrega para o Brasil.
- Amazon
Os produtos são vários, mas a Amazon costuma ser lembrada pela sua grande variedade de livros novos e usados. Figurando entre os sites mais populares entre os brasileiros, o endereço também vende móveis, roupas, brinquedos, eletrônicos e DVDs.
- Victoria’s Secret
Apesar de não entregar cosméticos no país, o site oferta lingeries, bolsas, sapatos e roupas. Fique atento aos descontos para fazer a compra valer a pena após a incidência de impostos.
- Asos
A Asos é uma grande loja de departamento britânica. Apostando no mercado de fast fashion, o endereço conta com roupas, bolsas, acessórios, cosméticos e maquiagens. Em outubro deste ano, a loja levou o premio E-Commerce Awards de melhor rede varejista na web.
- StrawberryNet
Com frete grátis para qualquer lugar do mundo, o StrawberryNet disponibiliza uma imensa linha de produtos para o corpo e rosto, passando de maquiagens da Dior e Lancôme a cremes voltados especificamente para os homens.
- BleuDame
Além de chapéus variados, a BleuDame aposta na oferta de cintos, acessórios para o cabelo, óculos, lenços e relógios. O site conta com uma seção especial para produtos de menos de 5 dólares.

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