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Os melhores e piores investimentos do mês de março

Sem saber os impactos econômicos da Covid-19, a maioria dos investimentos teve rentabilidade negativa no mês

Investimentos: fundos de ações tiveram o pior desempenho no mês (Spencer Platt/Getty Images)

Karla Mamona

Publicado em 31 de março de 2020 às 19h50.

Última atualização em 1 de abril de 2020 às 08h34.

São Paulo – A pandemia de coronavírus (Covid-19), que aterroriza ao mundo com número de contaminados e mortos derrubou os investimentos. No Brasil, por exemplo, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, acumulou queda de 29% no mês de março.

Já o dólar comercial disparou e chegou a ser vendido no valor recorde de 5,20 reais. No ano, a moeda americana já subiu cerca de 30%.

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Com a alta do dólar, os fundos cambias, que são investimentos que investem em moedas, seguem na liderança on ranking dos melhores investimentos do mês. No período, a rentabilidade desses fundos foi de 10,76%.

Quem também teve um retorno positivo foi investimento em Tesouro Direto 2021 (LTN), com variação positiva de 0,83%. Esse título éprefixado, ou seja paga uma rentabilidade acordada no ato da compra, estipulada em função da expectativa para a Selic no futuro. Neste mês, a rentabilidade foi afetada pelo novo corte na taxa Selic, que atualmente está no menor patamar da história, em 3,75% ao ano.

Entre os piores investimentos do mês estão os fundos de ações small caps e fundos de ações indexados, com quedas de 29,13% e 25,76%, respectivamente. Os mau desempenho desses fundos é reflexo da bolsa brasileira, que registrou em março o pior mês dos últimos 20 anos. Veja tabela abaixo:

Confira o ranking de investimentos de marçoVariação no mês em %
Fundos Cambiais*10,76
Tesouro Prefixado 2021 (LTN)0,83
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2021 (NTN-F)0,76
Tesouro Selic 2021 (LFT)0,33
Tesouro Selic 2023 (LFT)0,31
Poupança**0,24
Fundos Renda Fixa Simples*0,24
Tesouro Prefixado 2023 (LTN)-0,09
Fundos Multimercados Investimento no Exterior*-1,29
Fundos Renda Fixa Indexados*-3,16
Tesouro IPCA+ 2024 (NTN-B Principal)-3,54
Fundos Multimercados Livre*-4,41
Fundos de Renda Fixa Investimento no Exterior*-6,44
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B)-10,48
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B)-14,57
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal)-15,28
Fundos de Ações Dividendos*-24,89
Fundos de Ações Livre*-24,95
Fundos de Ações Investimento no Exterior*-25,17
Fundos de Ações Indexados*-25,76
Fundos de Ações Small Caps*-29,13

Referências

InvestimentoEm março em (%)
Ibovespa-29,82
Selic***0,32
CDI***0,32
IPCA2,94
Dólar comercialR$ 5,47

*Até 30 de março, dado mais atual disponível na Anbima
**Até 28 de fevereiro
***O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.
****Projeção da versão mais atual do Boletim Focus do Banco Central
*****Refere-se à prévia da inflação oficial do país, o IPCA (IPCA-15)

Fontes: Anbima, B3, Thomson Reuters, Banco Central do Brasil e Tesouro Nacional.

Para todos os investimentos, a orientação é sempre lembrar que a rentabilidade passada não significa garantia de rendimento futuro. Também é importante mencionar que o ranking de investimentos considera a rentabilidade bruta das aplicações no mês e nos últimos 12 meses, sem descontar Imposto de Renda.

Nas aplicações em fundos de ações, há IR de 15%. Nos fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,50% para resgates em até 180 dias e de 20% para resgates depois de 180 dias. Nas demais categorias de fundos (longo prazo), a tributação segue tabela regressiva, em que a alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo de vencimento.

Os títulos públicos também são tributados pela tabela regressiva de IR. A poupança não tem cobrança de Imposto de Renda.

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