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Os melhores e os piores investimentos de fevereiro

Com alta de quase 10% do Ibovespa, bolsa lidera o balanço de investimentos de fevereiro


	Homem desenha gráfico: Aplicações de renda variável, que são mais arriscadas, lideram balanço das aplicações de fevereiro
 (ThinkStock/violetkaipa)

Homem desenha gráfico: Aplicações de renda variável, que são mais arriscadas, lideram balanço das aplicações de fevereiro (ThinkStock/violetkaipa)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 19h43.

São Paulo - O Ibovespa, principal índice de referência da bolsa brasileira, teve o melhor desempenho do balanço de investimentos do mês de fevereiro.

Com alta expressiva de quase 10%, o indicador desbancou as aplicações de renda fixa, que são mais conservadoras, e superou a rentabilidade do dólar e do ouro, que também tiveram altas significativas no mês. 

Dentre os investimentos de renda fixa a Nota do Tesouro Nacional série B Principal (NTN-B), com vencimento em 2015, apresentou o melhor resultado. A NTN-B Principal é o título público que acompanha a variação da inflação. 

Veja, na tabela a seguir, o ranking do desempenho das principais aplicações financeiras do mercado em fevereiro:

Aplicação Desempenho em fevereiro Desempenho em 2015
Ibovespa 9,97% 3,15%
Dólar 8,11% 8,36%
Ouro 3,67% 0%
Fundos de ações livre* 3,67% 0,40
Fundos Multimercado Macro* 3,64% 3,98%
Fundos de ações Ibovespa Ativo* 3,45% 0,11
Fundos Multimercado Multiestratégia* 3,34% 3,30
Fundos de ações dividendos* 2,46% 0,73
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)* 1,57% 2,97%
IPCA (estimativa do Banco Central)** 1,04% 7,33%
Selic* 0,96% 1,76%
CDI* 0,95% 1,70%
LFT (vencimento em 07/03/2015)* 0,94% 1,72%
Fundos referenciados DI* 0,93% 1,59%
LFT (vencimento em 07/03/2017)* 0,90% 1,66%
Fundos Multimercados Juros e Moedas* 0,85% 1,65%
Fundos de Renda Fixa* 0,83% 1,71%
LTN (vencimento em 01/01/2016)* 0,66% 1,76%
Poupança antiga* 0,58% 1,15%
Poupança nova* 0,58% 1,15%
IGP-M (estimativa do Banco Central)** 0,38% 5,81%
NTN-F (vencimento em 01/01/2017)* 0,01% 1,88%
Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) -0,21% 2,47%
Fundos de ações Small Caps* -0,75% -6,15
NTN-B (vencimento em 15/05/2035)* -3,59% 1,44%
NTN-B (vencimento em 15/08/2050)* -4,94% 1,09%
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2035)* -7,07% -0,06%

Fontes: Anbima, Banco Central, BM&FBovespa, Economatica e Tesouro Nacional .

(*) O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.

(**) Expectativa de inflação para o mês de fevereiro e para o ano de 2015, segundo o Banco Central.

À exceção dos fundos de investimento imobiliário, os resultados dos rendimentos de todos os fundos da tabela foram fechados no dia 23 de fevereiro.

As expectativas sobre o IGP-M e o IPCA foram fechadas no dia 20 de fevereiro. Os dados sobre as poupanças nova e antiga, CDI e ouro foram fechados no dia 26. Já as rentabilidades do Ibovespa, dólar, IFIX, Selic e títulos públicos se referem ao fechamento do dia 27.

Renda fixa

Dentre os investimentos de renda fixa, que são aqueles que têm sua forma de remuneração definida no momento da aplicação, as NTN-Bs Principais, com vencimento em 2015 apresentaram a maior rentabilidade, com alta de 1,67% no mês.

Esse tipo de título público paga ao investidor uma taxa de juro pré-fixada, mais a variação da inflação medida pelo IPCA.

"Com a projeção de inflação passando dos 7% e a projeção de alta dos juros básicos, esses títulos que vencem no curto prazo incorporam os movimentos de alta dos índices e dos juros", diz André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

As Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) tiveram o segundo melhor retorno da renda fixa. Esses títulos são atrelados à taxa básica de juros (Selic), portanto se beneficiam do atual patamar mais elevado da taxa.

As NTN-Bs, LFTs e os demais títulos públicos são negociados pelo Tesouro Direto, plataforma online de compra e venda de títulos do Tesouro Nacional.

Na lanterna da renda fixa aparece a poupança. A caderneta deixa a desejar porque enquanto outros títulos de renda fixa acompanham a alta da Selic, a poupança passa a render sempre 0,5% mais a Taxa Referencial (TR) quando a taxa básica de juros passa dos 8,5% ao ano.

Dentre os títulos da tabela, estão disponíveis para compra atualmente as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) com prazo de vencimento em 2017, e as NTN-Bs com vencimento em 2035 e 2050 (veja a lista completa dos títulos disponíveis para compra).

Renda variável 

Em fevereiro, a renda variável - grupo dos investimentos mais arriscados e que não possuem retornos previsíveis - deixou os investimentos de renda fixa no chinelo.

Depois de uma queda de 6% em janeiro, o Ibovespa fechou fevereiro com alta expressiva de 9,97%. Ainda que o mês tenha sido marcado por notícias desanimadoras, como a perda do grau de investimento da Petrobras, o impacto desse tipo de informação já havia sido incorporado pelas ações, segundo André Perfeito. 

"A bolsa está se recuperando das fortes perdas que teve recentemente. Nós tivemos o rebaixamento da nota da Petrobras, que foi muito ruim, mas no final das contas isso já estava no preço. Apesar dessa recuperação em fevereiro, é bem provável que em março esse movimento não se repita", diz o economista-chefe da Gradual.

Ele acrescenta ainda que a temporada de divulgação do balanço das empresas também contribuiu para o avanço do índice. "Como a bolsa caiu muito, algumas ações começaram a se mostrar baratas e com a temporada de balanços elas impulsionaram a alta do Ibovespa. Apesar de a situação no Brasil estar muito ruim, nós temos muitas empresas boas", afirma Perfeito.

O dólar também apresentou alta expressiva no mês, com valorização de 8,11%. Conforme explica Perfeito, a leitura que se faz sobre a apreciação do dólar é de que o cenário da economia brasileira não é favorável.

Na sua visão, a queda acentuada do real no mês ocorreu porque enquanto as moedas dos países emergentes tiveram fortes quedas em janeiro, as boas expectativas em relação à posse do Ministro da Fazenda Joaquim Levy ajudaram a segurar o real.

"O 'efeito Levy' impediu uma desvalorização mais forte do real em janeiro, mas esse efeito tem um limite, por isso em fevereiro a queda foi mais acentuada", diz Perfeito. 

Com alta de 3,67%, o ouro ficou em terceiro lugar no ranking. Como o ouro é um ativo com lastro real, ele costuma atrair investidores em momentos de maior incerteza do mercado. Assim, a alta do metal em fevereiro sinaliza uma maior percepção de risco do mercado, de acordo com o economista-chefe da Gradual. 

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