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Os melhores e os piores investimentos de maio

Com alta de 5,78%, dólar apresenta o melhor resultado do balanço de investimentos de maio

Homem empilha moedas: Dólar sobe com menor intervenção do governo e é o melhor investimento do mês (ThinkStock/Nastco)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2015 às 20h40.

São Paulo - Com alta de 5,78% no mês, o dólar apresentou o melhor resultado do balanço de investimentos de maio.

Em seguida, aparecem os fundos multimercado macro, que subiram 4,11% no mês. Esse tipo de fundo aplica em diferentes tipos de ativos, tanto de renda variável, quanto de renda fixa , sempre buscando as melhores estratégias de acordo com o momento.

O Tesouro IPCA+, com vencimento em 2035, ficou no terceiro lugar do ranking, com alta de 2,86%. Trata-se de um título público, vendido pela plataforma Tesouro Direto , que paga ao investidor uma taxa de juro mais a inflação do período, medida pelo IPCA.

Veja, na tabela a seguir, o ranking dos resultados de alguns dos principais índices e investimentos do mercado em maio e no acumulado do ano:

AplicaçãoDesempenho em maioDesempenho em 2015
Dólar5,78%20,00%
Fundos Multimercado Macro*4,11%11,80%
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal)3,64%14,14%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B)2,86%12,47%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B)2,36%10,54%
Fundos Multimercado Multiestratégia*2,24%8,24%
Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal)1,63%7,19%
Fundos de Renda Fixa*1,21%5,42%
Fundos Multimercados Juros e Moedas*1,19%4,90%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2017 (NTN-F)1,05%4,62%
Fundos referenciados DI*1,04%4,72%
Selic*1,03%4,77%
CDI*1,02%4,70%
Tesouro Selic 2017 (LFT)1,00%4,74%
Tesouro Prefixado 2016 (LTN)0,91%4,55%
Tesouro Selic 2021 (LFT)0,80%--
Poupança antiga*0,62%2,91%
Poupança nova*0,62%2,91%
Ouro0,60%0,50%
IPCA (estimativa do Banco Central)**0,55%5,14%
IGP-M (estimativa do Banco Central)**0,50%3,73%
Fundos de Ações Livre*-1,26%4,87%
Fundos de Ações Ibovespa Ativo*-2,19%5,68%
Fundo de Ações Dividendos*-3,33%4,48%
Fundos de Ações Small Caps*-3,60%-3,78%
Ibovespa-6,17%5,51%

Fontes: Anbima, Banco Central, BM&FBovespa, Economatica e Tesouro Nacional

(*) O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.

(**) Expectativa de inflação para o mês de maio, segundo o Banco Central.

Os rendimentos de todos os fundos da tabela são referentes ao dia 26 de maio. As expectativas sobre o IGP-M e o IPCA foram fechadas no dia 22 de maio. Já os dados sobre as poupanças nova e antiga , CDI e Selic são relativos ao dia 28. As rentabilidades do Ibovespa, dólar, títulos públicos e da Selic tiveram como base o fechamento do dia 29.

Renda fixa

O Tesouro IPCA+, com vencimento em 2035, teve o melhor rendimento do mês dentre as aplicações de renda fixa, que são mais conservadoras. O resultado positivo pode ser explicado pela expectativa de queda na taxa de juros futuros.

Esse título sobe quando a expectativa é de queda dos juros no longo prazo por causa do efeito da chamada marcação a mercado. De forma resumida, isso ocorre porque se há perspectiva de que os juros sejam menores lá na frente, o título atual, que paga uma taxa de juro mais elevada - condizente com o atual patamar da taxa básica de juros (Selic)-, torna-se mais vantajoso, e seu preço sobe.

Os títulos Tesouro IPCA+ com juros semestrais e vencimentos em 2050 e 2035 tiveram a segunda e terceira maiores altas da renda fixa. Esses títulos também foram beneficiados pela queda dos juros futuros.

Os fundos de renda fixa ficaram na quarta posição do ranking na comparação entre os investimentos mais conservadores. Esses fundos se beneficiam com as recentes altas da taxa Selic, que está nos 13,25% ao ano, já que os ativos de suas carteiras tendem a seguir o comportamento da taxa de juros.

A taxa Selic pode subir ainda mais na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, marcada para a semana que vem. Isso deve deixar a já desatrativa poupança ainda menos vantajosa em relação às outras aplicações.

Isso ocorre porque enquanto a poupança rende sempre 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), quando a Selic é superior a 8,5% ao ano, outras aplicações de renda fixa acompanham as altas da taxa.

Dentre os títulos públicos mostrados na tabela, atualmente estão disponíveis para compra apenas três: o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTNB), Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) e o Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal).

Renda variável

Depois de uma queda em abril, o dólar voltou a subir em maio e fechou o mês com o melhor resultado do balanço de investimentos. Apenas nesta sexta-feira (29) a moeda subiu 0,74% com a notícia de que o Banco Central deve manter sua política de redução de intervenção no câmbio.

Como o BC interferia nas cotações da moeda para evitar desvalorizações abruptas do real , com o menor controle sobre o câmbio as expectativas do mercado são de que o dólar permaneça em alta.

Com mais liberdade para investir em ativos de diferentes naturezas, os fundos multimercado apresentam bons resultados em momentos turbulentos, ao seguir tendências de alta de juros, desvalorização do real e queda da bolsa.

O Ibovespa ficou na lanterna e apresentou o pior resultado do ranking de investimentos do mês. Com queda de 6,17% o índice também registrou o pior resultado mensal desde janeiro.

As ações dos bancos contribuíram fortemente para o mau desempenho da bolsa. Nesta semana, o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central alteraram algumas regras na concessão de crédito imobiliário e rural e tornaram mais rígidas as regras de concessão de crédito livre, o que prejudica principalmente os bancos privados, que são as instituições que afetam o Ibovespa de forma mais contundente.

São Paulo - O Ibovespa encerrou o mês de maio em queda de 6,16%. Foi o segundo pior mês do ano, perdendo apenas para janeiro. O destaque negativo ficou com a PGD, que acumulou perdas de quase 30%. Confira as ações que mais subiram e caíram no mês.
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