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Onde invisto após os 30 para me aposentar com tranquilidade?

Internauta quer saber como investir para um horizonte de tempo de 20 anos


	Mulher relaxando: na faixa dos 30, investidor ainda tem bom tempo de acumulação até a aposentadoria
 (Stockphoto)

Mulher relaxando: na faixa dos 30, investidor ainda tem bom tempo de acumulação até a aposentadoria (Stockphoto)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 11h33.

Dúvida do internauta: Vejo muitas dicas de investimento para quem está no começo da carreira ou tem pouca idade, com tempo para investir. Mas e quem já tem mais de 20 anos? Tenho 37 anos e nunca fui educado para investir. Quais as melhores formas de investimento para que eu consiga ter uma renda aceitável dentro de uns 20 anos, mais ou menos?

Resposta de Samy Dana e Alex Del Giglio*:

Não existe idade certa para começar a investir. É inegável, todavia, que quanto mais cedo se inicia, maior a chance de alcançar o montante de recursos para uma aposentadoria tranquila.

Considerando um período de 20 anos, que é um horizonte de tempo bastante confortável, a aplicação em uma carteira bem diversificada e composta por instrumentos financeiros com baixa correlação é recomendada.

Nossa sugestão é manter 60% dos recursos em instrumentos de baixo risco, 30% em instrumentos de risco moderado e 10% em instrumentos de alto risco.

• Risco baixo: Invista em Títulos Públicos Federais (Tesouro Direto), que é nossa opção preferida. Você pode dividir os recursos na aquisição de LFTs (títulos indexados a Taxa Selic), e NTN-Bs (títulos indexados ao IPCA). Procure corretoras que não cobram taxa de administração. Assim, você pagará apenas uma taxa de custódia de 0,30% ao ano.

• Risco moderado: Invista em Fundos de Investimento Multimercados Multiestratégia, Multimercados Long and Short-Neutro e Multimercados Juros e Moedas. Busque fundos de investimentos de instituições financeiras sólidas e com bom histórico de rentabilidade. Avalie também a taxa de administração, que nesse caso não pode superar 2,00% ao ano.

• Risco alto: Invista em Ações Defensivas e Fundos Imobiliários Conservadores, ou seja, que oscilam menos que a média do mercado.

Logo, nossa sugestão de carteira ficou assim:

Instrumento Financeiro Percentual da Carteira
LFT 30,00%
NTN-B 30,00%
FI Multimercados Multiestratégia 10,00%
FI Multimercados Long and Short-Neutro 10,00%
FI Multimercados Juros e Moedas 10,00%
Ações Defensivas 5,00%
Fundos Imobiliários Conservadores 5,00%
Total 100,00%

(*) Samy Dana é Ph.D. em Business, professor da FGV e coordenador do Núcleo de Cultura e Criatividade GV Cult. É consultor de empresas nacionais e internacionais dos setores real e financeiro e de órgãos governamentais, além de autor de livros de finanças pessoais. Esta resposta foi escrita em parceria com Alex Del Giglio, economista pela Univerisidade de São Paulo (USP), com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestrado em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda., com sede em Manaus.

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