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O que devo fazer agora para viver de renda no futuro?

Poupar é fundamental, mas não basta. Para viver de rendimentos no futuro é preciso juntar uma certa quantia de dinheiro que seja suficiente para gerar rendimentos constantes em valor igual às despesas esperadas. Na verdade, é necessário, primeiro, pagar a inflação e só retirar aquela parte que ultrapasse o nível mínimo exigido para manter o […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 11h23.

Poupar é fundamental, mas não basta. Para viver de rendimentos no futuro é preciso juntar uma certa quantia de dinheiro que seja suficiente para gerar rendimentos constantes em valor igual às despesas esperadas. Na verdade, é necessário, primeiro, pagar a inflação e só retirar aquela parte que ultrapasse o nível mínimo exigido para manter o seu poder de compra.

Para exemplificar, imagine que tenhamos uma inflação de 4% ao ano e que você conseguiu poupar 100 000 reais. Se esse dinheiro estiver aplicado na poupança, renderá aproximadamente 10% ao ano, ou seja, 10 000 reais, o que lhe dará uma renda vitalícia real de apenas 6 000 reais por ano, ou 500 reais por mês. Caso seus gastos sejam superiores a este valor, você estará dilapidando seu patrimônio.

Entretanto, se aplicar a mesma quantia em renda variável, assumindo hipoteticamente a histórica média de 13% ao ano, subtraindo-se os 4% da inflação, sobrarão então 9% de rendimento real, ou seja, 9 000 reais por ano, o equivalente a 750 reais por mês, 50% mais.

Uma vez entendida a lógica de não gastar aquela parte do dinheiro dedicada a compensar as perdas inflacionárias, você poderá viver assim para o resto de sua vida, sobrando-lhe apenas duas alternativas caso queira gastar mais:

a) Poupar um montante maior ao longo da vida para ter um capital maior, sacrificando gastos correntes para realizá-los no futuro;

b) Aplicar seu dinheiro obtendo rentabilidades maiores, o que lhe permitirá chegar a uma quantia maior com menores esforços de poupança de capital inicial.

Obviamente a segunda opção soa mais atraente. Contudo existe uma lógica no mercado financeiro segundo a qual para obter grandes rentabilidades é preciso incorrer em riscos maiores. Você pode estar se perguntando se não dá para "driblar" essa regra. Felizmente, há uma alternativa, mas exige disciplina e paciência, pois não se trata de nenhuma mágica.

A solução é assumir maiores riscos, diluí-los de tempos em tempos, mas com critério. Emprestar dinheiro a amigos e parentes está fora de cogitação, pois se a pessoa falir, você terá prejuízo. Ao governo é mais seguro, mas não tem bom retorno financeiro. A solução são as empresas, ou melhor, ficar sócio das mesmas. Aí é que entram as alternativas mais rentáveis quando o objetivo são os investimentos mais longos, ou seja, as debêntures e as ações de companhias.

Para isso, basta se associar, por meio da compra de ações, àquelas instituições que estão com maiores perspectivas de geração de caixa e, portanto, de lucros. Segundo a lei das Sociedades Anônimas, as empresas são obrigadas a distribuir para seus acionistas, pelo menos 25% de seu lucro, ficando livres para reinvestir os outros 75%. Mas é difícil seguir essa regra à risca, pois as pessoas estão preocupadas com o emprego e com os problemas do dia-a-dia, não podendo acompanhar o desempenho atual de diversas organizações e se quer projetá-lo no futuro.

Para resolver esse problema, bancos e corretoras desenvolvem cada vez mais áreas de análise de aplicações, com profissionais especializados em acompanhar o desempenho da economia e das empresas, ajudando clientes, clubes e fundos de investimentos a alocar o dinheiro sempre na carteira de ações mais adequada para cada momento e para cada perfil de investidor. E acredite, rentabilidades maiores garantem uma bela diferença de renda no futuro.

* Daniel Gorayeb é analista de investimentos da Spinelli Corretora

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