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Não é hora de sair da bolsa, dizem especialistas

Após o susto provocado pela China, analistas apontam caminhos para o pequeno investidor

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 11h25.

A queda de quase 7% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta terça-feira (27/2) levou muitos investidores a se questionarem se era hora de sair do mercado acionário. A resposta dos especialistas é unânime: não.

"O que aconteceu ontem foi um ajuste, uma realização de lucros em função dos sucessivos recordes que a bolsa estava batendo. Mas não houve alteração nos fundamentos da economia, portanto, o mercado vai se recuperar", afirma o diretor da corretora Ágora, Álvaro Bandeira. "Estamos num ponto em que as bolsas do mundo todo registraram máximas históricas. É natural que haja uma correção", diz o superintende da BES Security, Ricardo Schneider.

O pânico causado pela queda na bolsa chinesa, dizem os especialistas, foi fundamentalmente psicológico. Por isso, o economista-chefe do ABN Asset Management, Hugo Penteado, destaca que pode ser um bom momento para a compra de ações. "Os papéis mais líquidos são os que tiveram maior queda e, consequentemente, apresentam maiores oportunidades. Como não houve mudança de cenário, quanto menor o preço, melhor". O economista, no entanto, alerta que só deve investir na bolsa quem não pensa em usar o dinheiro antes de um ano. Nos demais casos, é melhor optar pelos fundos DI.

O que comprar?

Os especialistas concordam que 2007 deverá ser um ano menos tranqüilo na Bovespa - o que exigirá mais cautela e atenção do investidor na hora de aplicar. "O mercado financeiro olha sempre o curto prazo para precificar as ações, mas o investidor deve ficar atento também a fatores que podem ter impacto no longo prazo", diz Penteado.

O diretor de investimentos da Prosper Gestão, Júlio Martins, aconselha analisar os papéis por dois aspectos: o desempenho na bolsa e o resultado operacional da empresa. "Num momento de insegurança, como ontem, todas as ações sofrem, porque os gestores de fundos vendem parte da carteira para minimizar riscos. Passado o susto, os papéis de empresas que são sólidas e não apresentam motivos para preocupação tendem a se recuperar rapidamente", afirma.

A recomendação dos especialistas é investir em ações com alta liquidez e de empresas focadas no mercado interno. Os setores de varejo, construção e aviação são apontados como boas opções.

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