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Citigroup planeja lançar seu próprio pregão eletrônico de ações

Iniciativa pode desviar parte do volume de negócios realizados na bolsa de Nova York e na Nasdaq

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

O Citigroup estuda lançar seu próprio pregão eletrônico para negociar ações e outros títulos. O projeto, que deve entrar em operação até o terceiro trimestre deste ano, ganhou impulso após a instituição comprar, na semana passada, a OnTrade Inc, também conhecida como ECN. A empresa é especializada em redes de comunicação, e o negócio foi avaliado em 8 milhões de dólares.

"Nossa meta é transformar a ECN em uma empresa que permita maior flexibilidade às corretoras, a nós mesmos, e a nossos clientes", afirmou Jim ODonnell, chefe da área de Equities do Citigroup ao americano The Wall Street Journal. Segundo a publicação, o novo pregão eletrônico irá concorrer diretamente com a Bolsa de Valores de Nova York e com a Nasdaq e pode absorver parte do volume de negócios realizados por elas.

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O fato de uma das maiores instituições financeiras do mundo planejar seu próprio pregão revela como os grandes bancos e suas corretoras de valores começaram a buscar proteção contra possíveis aumentos das taxas cobradas pelas bolsas sobre os negócios ali fechados. Durante muitos anos, as bolsas de valores foram administradas por consórcios de corretoras. Recentemente, porém, muitas bolsas tornaram-se companhias de capital aberto e passaram a sofrer a pressão de seus acionistas para gerar resultados positivos.

A Bolsa de Nova York, que se tornou uma empresa pública, e a Nasdaq anunciaram um reajuste em suas taxas nos últimos dias. Embora modesto, os corretores temem que o aumento seja o primeiro passo de uma série de mudanças que onerem bastante os custos de transação nesses ambientes.

Ao mesmo tempo, as grandes companhias, instituições financeiras e corretoras começam a migrar para bolsas com taxas menores de administração. No ano passado, por exemplo, o próprio Citigroup e outras empresas de Wall Street passaram a priorizar as transações na bolsa da Filadélfia.

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