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Fundos de pensão têm bom desempenho em renda variável

Investidoressuperam metas em renda variávele vêem aumento desse tipo de investimento em suas carteiras

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Um levantamento da consultoria Mercer entre 59 fundos de pensão, com patrimônio conjunto de 10 bilhões de reais, mostra um número grande de entidades de previdência complementar que não está conseguindo superar suas metas atuariais em renda fixa. O rendimento conjunto do grupo nessa modalidade atingiu 13,27% (acumulado em 2005), ou 94% do rendimento baseado na Selic. Já os ganhos em renda variável chegam a 28%, superando benchmarks como o Ibovespa e o IBrX (índice que monitora o comportamento de 100 ações listadas na Bovespa).

Para Thyrso Pizzoferrato, consultor de investimentos da Mercer, essa melhora de desempenho em renda variável está se consolidando como tendência. A taxa de sucesso (proporção de fundos que superaram as metas) em renda variável saltou de 35% no acumulado dos últimos 36 meses para 83% nos últimos 12 meses. No caso da renda fixa, a situação se inverte. A taxa de sucesso despenca de 95% em 36 meses para 23% em 12 meses.

Uma pesquisa ampliada da Mercer, junto a 102 fundos de pensão, detectou uma alta na alocação real de recursos em renda variável de 14,7% em 2004 para 16,6% neste ano, na média. Os casos de alocação máxima efetiva também revelam uma disposição maior para o risco. O fundo de pensão que mais investiu em renda variável no ano passado destinou 41% dos recursos para essa aplicação. Neste ano, a entidade mais agressiva aplicou 47,7% em renda variável.

Futuro

A pesquisa revela também que a expectativa de queda da taxa de juros em 2006 é o fator de mercado mais importante para a opção pela renda variável. O levantamento mostra que para 31% das entidades a esperada curva descendente da Selic no próximo ano será o foco das atenções na gestão das carteiras. Juntas, as pesquisadas somam um patrimônio de 45 bilhões de reais, cerca de um terço do mercado brasileiro de previdência complementar.

Depois da projeção de queda dos juros, vem a expectativa de manutenção da inflação em patamares baixos, elemento indicado por 25% dos fundos. Com 24% das respostas, surge a expectativa de aumento da volatilidade no mercado financeiro, com a chegada das eleições para presidente, governadores, senadores e deputados federais. A possibilidade de melhora da classificação de risco do Brasil é o quarto fator mais importante para a composição de portfólio, segundo 18% das entidades consultadas.

Pesquisa da Mercer realizada ano passado entre gestores de fundos de pensão indicava como principais fatores críticos a situação da economia americana, o valor internacional do dólar e o fluxo de investimento direto. Em uma lista de 14 fatores, crise política ficou em penúltimo.

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